O Brasil está enfrentando um inverno atípico com uma intensa onda de calor que está se estendendo ao longo desta semana. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), emitiu um alerta sobre as altas temperaturas, o tempo seco e a baixa umidade que prevalecerão em várias regiões do país, com destaque para áreas centrais e o interior do Nordeste.
A previsão é de que uma massa de ar quente e seco permaneça sobre praticamente toda a Região Centro-Oeste até a próxima segunda-feira (28), resultando em um período estável e ausência de chuvas. A umidade relativa do ar deverá permanecer em níveis baixos, podendo cair abaixo dos 20% nos estados de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
No Nordeste, a falta de chuvas e a baixa umidade também serão predominantes, especialmente na região conhecida como Matopiba, que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, além do interior nordestino.
A Região Sudeste também enfrentará um quadro de tempo seco e ausência de chuvas, principalmente nas áreas do oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro e norte de Minas Gerais. Algumas regiões do norte de Minas Gerais podem experimentar umidade relativa do ar abaixo de 30% até sexta-feira (25).
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Temperaturas elevadas ultrapassaram as expectativas para um inverno que já é conhecido por ser mais quente
No oeste da Região Sul, em especial no Paraná, é esperado um clima seco e a ausência de chuvas ao longo de grande parte da semana. Enquanto isso, no Norte do país, nos estados do Pará, Amapá e Tocantins, prevalecerá o tempo seco.
Heráclio Alves, meteorologista do Inmet, observa que as temperaturas elevadas deste mês ultrapassaram as expectativas para um inverno que já é conhecido por ser mais quente do que o normal. “Já tínhamos previsto um inverno mais quente do que o normal. No entanto, as temperaturas acabaram ultrapassando as previsões iniciais para a estação, confirmando que este será um inverno com temperaturas mais elevadas do que o habitual.”
Alves ressalta que será necessário aguardar o término do inverno para uma análise mais precisa em comparação com anos anteriores.
Em relação à possível influência do fenômeno El Niño, que afeta o clima em parte da América do Sul devido ao aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, o meteorologista afirma que não é possível estabelecer uma relação direta. Ele enfatiza que já existe um sistema climático típico que atua nesta época do ano e que análises mais conclusivas serão feitas após o término do fenômeno para determinar qualquer correlação com as temperaturas intensas.
Quanto às chuvas, o Inmet projeta os maiores acumulados no noroeste do país e no leste da Região Sudeste. Alguns locais no litoral sul da Bahia podem enfrentar baixos acumulados de chuva. No Rio de Janeiro, Espírito Santo e leste de Minas Gerais, são esperados volumes de chuva acima de 30 mm/dia no início da semana devido a um sistema de baixa pressão.
Na Região Norte, chuvas com mais de 30 mm/dia são previstas no noroeste do Amazonas, influenciadas pelo calor e alta umidade. Já em regiões como Pará, Amapá e Tocantins, o clima seco persistirá.
Na Região Sul, acumulados de chuva superiores a 10 mm/dia podem ocorrer no Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina, causados por uma frente fria sobre o oceano. Essa frente intensificará áreas de instabilidade, mas não deve atingir o continente.
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