Em um cenário inédito em uma década, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s (S&P) anunciou a elevação da elevou a nota de crédito brasileira. O país avançou da nota BB-, situada três níveis abaixo do grau de investimento, para a nota BB, dois níveis abaixo. A S&P atribuiu uma perspectiva estável, indicando estabilidade sem previsão de alterações nos próximos meses.
O último ajuste positivo da S&P na nota de crédito ocorreu em 2011, quando o país subiu de BBB- (grau de investimento) para BBB (um nível acima do grau de investimento). Desde então, enfrentou uma série de rebaixamentos, perdendo o grau de investimento em setembro de 2015.
Desde junho deste ano, a S&P sinalizava a possibilidade de elevar a classificação do país, ao conceder uma perspectiva positiva para a nota brasileira.
Desde janeiro de 2018, a S&P Global classificava o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento
Em comunicado, a S&P atribuiu a melhoria à aprovação da reforma tributária, ocorrida na sexta-feira (15). A agência destacou que a conclusão das discussões sobre a modernização do sistema tributário brasileiro amplia a trajetória de implementação de políticas pragmáticas nos últimos sete anos.
Entretanto, a S&P alerta para riscos persistentes na economia brasileira, como as perspectivas de crescimento econômico modesto e uma situação fiscal considerada “débil”. Esses fatores justificaram a atribuição da perspectiva estável para a nota do país.
O comunicado ressalta: “Isso reflete nossas expectativas de que o país fará progresso lento em enfrentar desequilíbrios fiscais e projeções econômicas ainda fracas, compensadas por uma forte posição externa e uma política monetária que está ajudando a reancorar as expectativas de inflação”.
Desde janeiro de 2018, a S&P Global classificava o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, mesma nota concedida pela Fitch, enquanto a Moody’s posicionava o país dois níveis abaixo do grau de investimento.
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