Apostilas em PDF – Como utilizar corretamente? Veja com Elias Santana

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Hoje, ouvi uma música que apresentava a seguinte frase:

Na linha pontilhada vou indo […]
Na terra cujo herói matou um milhão de índios.

(Cores e Valores – Racionais Mcs)

Nesse trecho, existe uma palavra que costuma gerar muitas dúvidas para os usuários da língua portuguesa: CUJO. E essa dificuldade é normal, uma vez que se trata de uma vocábulo pouco empregado em nosso cotidiano. Por esse motivo, no artigo desta semana, resolvi apresentar como se usa esse pronome corretamente.

1. O vocábulo CUJO sempre é usado para denotar uma relação posse.

“A terra cujo herói matou um milhão de índios” significa dizer que o herói da terra matou um milhão de índios. Em outras palavras, uma determinada terra possui um herói, e esse herói matou muitos índios. Vamos ver um outro exemplo:

(1) O livro cujas páginas estão amareladas é histórico!

Novamente, temos uma leitura com ideia de posse (um livro que possui páginas amareladas é histórico). Por esse motivo, o pronome relativo CUJO sempre aparece entre termos de natureza substantiva.

2. O pronome CUJO sempre concorda com o termo posterior.

Veja que, nos dois exemplos apresentados, o pronome concorda com “herói” e “paginas”, respectivamente. Cuidado: por ser pronome relativo, ele tem a função de retomar o termo anterior; todavia, a concordância é feita com o vocábulo posposto a ele.

3. O pronome CUJO nunca é seguido de artigo.

Construções como “a terra cujo o herói” e “o livro cujas as páginas” são gramaticalmente incorretas.

4. O pronome CUJO pode ser antecedido por preposição.

Veja este exemplo:

(2) O governo em cujas medidas confiamos não foi eleito.

Por razões de regência, em (2), a presença da preposição “em” é obrigatória, uma vez que o sentido do período é o governo que possui medidas em que confiamos não foi eleito.

Agora, dou a você uma dica: o pronome CUJO é muito cobrado em provas. Por isso, entenda o funcionamento dessa palavra. Não recomendo, no entanto, que você a utilize nos seus textos (a não ser que você já tenha muita segurança quanto ao emprego correto). Ou seja, inicialmente, aprenda a reconhecer as propriedades do CUJO; só depois passe a usá-lo.


Elias Santana – Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de professor em vários colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramática, redação discursiva e interpretação de textos. Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da Câmara Legislativa do Distrito Federal.


Você encontra essa coluna também no jornal Brasília Capital deste sábado, 02 de setembro.

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Fonte: Gran Cursos Online

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