Apostilas em PDF – Conselhos sábios de Dona Maria

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Minha avozinha partiu recentemente. A despedida foi dolorosa. Sonhávamos tê-la conosco por no mínimo mais uma década. Mas a saudade vem misturada ao orgulho, pois Dona Maria viveu com dignidade, construiu uma família linda e foi muito amada pelos quatro filhos, nove netos e seis bisnetos. 

Ela teve pouca instrução formal – por falta de oportunidade, não de capacidade. Ainda assim, transbordava sabedoria. Mulher de fé inabalável, força serena e uma resiliência que atravessou décadas, foi ela quem disse à minha mãe, com a clareza dos simples:

“A pobreza não aguenta um diploma.”

Era sempre assim, minha avó lançava frases desse tipo como quem semeia futuro. Em uma entrevista recente que fiz com minha mãe, algumas delas vieram à tona, e aí surgiu a ideia: por que não compartilhá-las como forma de homenagem?

Conversei, então, com tios, sobrinhos e amigos da Dona Maria e reuni as lições que seguem. São conselhos atemporais, agora adaptados à realidade de quem estuda para concursos. Leia com atenção e, se em algum momento lhe parecer “óbvio”, lembre-se: o que sobrevive às gerações costuma ter uma razão de ser.

“Não viva só de pão, nem só de ideia; viva com equilíbrio e presença.”

Minha avó entendia que disciplina física e clareza mental formam um circuito fechado. Para quem estuda, isso significa comer com regularidade, hidratar-se, movimentar-se e escapar do ciclo destrutivo excesso-cafeína-culpa.

2. O não também aprova.

“Até Jesus se afastava dos outros para orar”, lembrava ela. Dizer não a convites que drenam energia é, na verdade, dizer sim à sua missão.

3. Seja gentil consigo mesmo.

“Trate a si mesmo como trataria uma criança assustada.”

Quando a autocrítica cair no terreno da crueldade, seja racional e lembre que todos nós rendemos mais sob incentivo que sob chicote.

4. Pare de viver pelo cronômetro alheio.

“A flor que desabrocha tarde não é menos bela.”

Comparar ritmos só faz da ansiedade uma condição crônica e nociva. Concentre-se no seu ponto de progresso – e avance a partir dele.

5. Ambiente em ordem, cérebro em modo trabalho.

Arrumar a mesa, higienizar arquivos físicos – e organizar os digitais –, trocar o pijama pela roupa de estudo, nada disso é frescura. É uma mensagem ao cérebro de que ali começa o território do crescimento.

6. Dormir faz parte do cronograma.

“Dormir bem é tão importante quanto estudar.”

É no repouso que a memórias se consolidam. Preciso dizer como isso será importante na hora da prova?

7. Não esconda suas cicatrizes.

“Não sinta vergonha da caminhada.”

Dificuldades, reprovações, pausas ou mudanças de rota são vírgulas da sua história, não ponto-final. Deus – ou o tempo, se preferir – conduz por estradas tortuosas para ensinar passos firmes. Tê-las percorrido – e carregar no corpo as marcas disso – demonstra força, não fraqueza.

8. Ame sem carregar o mundo nas costas.

Você não é o alicerce das dores alheias; é ponte. Ajude, caminhe junto, mas sem se anular no processo.

Às vezes, o que cura não é a resposta; é o espaço seguro que se abre ao ouvir. Pratique a arte da escuta genuína.

10. Ensine pelo exemplo.

Bons hábitos – leitura, pontualidade, humildade – falam mais alto que qualquer discurso motivacional.

11. Encontre o seu silêncio produtivo.

Minha avó chamava de oração; você pode chamar de meditação, pausa reflexiva, introspecção… O nome pouco importa: o que vale é se reconectar ao que tem sentido para você e encontrar de novo o seu eixo.

12. Confie no processo.

“A borboleta sofre no casulo, mas sem ele não voa.”

Se o edital sair mais rigoroso do que esperado ou alguns conteúdos forem mais difíceis do que pareciam, lembre-se: o aperto quase sempre precede a expansão.

13. Perdoe para se libertar.

Guardar rancor ocupa o mesmo espaço mental que poderia guardar fórmulas ou jurisprudência.

Solte o que pesa e preserve o que vale.

14. Não tema recomeços.

Cada vez que você se levanta, amplia o repertório de persistência. O “aprovado” de amanhã nasce no “recomecei” de hoje.

15. Estude, porque “a pobreza não aguenta um diploma”.

Essa frase – a mais repetida por Dona Maria – não falava de um pedaço de papel na parede, nem do status de quem teve acesso à educação formal. Falava de liberdade. De poder escolher, de abrir portas, de mudar o rumo da própria história. Dona Maria viu isso acontecer na nossa família. Foi o conhecimento que nos trouxe até aqui, e é ele que hoje me permite oferecer aos meus filhos uma vida que os meus pais sequer ousavam imaginar quando eram crianças.

Talvez, lendo tudo isso, você também tenha se lembrado de alguém. Afinal, há muitas Donas Marias por aí, de mãos calejadas e palavras enxutas, portadoras de conselhos que nem sempre escutamos, por nos acharmos “mais modernos” ou “mais espertos”. Grande erro, pois quem carrega as marcas da maturidade tem muito a ensinar. 

Por isso, minha dica é: quando você encontrar uma, escute. Pergunte. Anote. Grave. Esse conhecimento não aparece em ranking, mas pode ser o divisor de águas entre aprender para passar e aprender para transformar.

Que a sabedoria dessas mulheres – simples, fortes, muitas vezes anônimas – acompanhe você na próxima sessão de estudos, como um lembrete silencioso de que muitas das maiores lições que podemos aprender são aquelas que ouvimos nos almoços de domingo.

Obrigado, vovó. Eu sempre a amarei.

Gabriel Granjeiro – CEO e sócio-fundador do Gran. Reitor e professor da Gran Faculdade. Acompanha de perto o universo dos concursos desde muito cedo. Ingressou nele, profissionalmente, aos 14 anos. Desde 2016, escreve artigos semanalmente para o blog do Gran. Formou-se em Administração e Marketing pela New York University Stern School of Business. Em 2021, foi incluído na prestigiada lista da Forbes Under 30. Autor de 4 livros que figuraram entre os best-seller da Amazon Kindle.

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Fonte: Gran Cursos Online

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