Apostilas em PDF – Tempos compostos em provas de concursos

Você deve ter se deparado em algum momento com questões acerca do emprego dos tempos compostos. Muitas vezes o examinador cobrará não apenas a conjugação, mas também a semântica desses tempos; por isso, é fundamental que você domine.

Ao todo, temos 7 tempos compostos, mas já adianto aqui que há aqueles mais recorrentes em provas. 

Antes disso, saiba que o tempo composto será formado sempre pelo verbo TER ou HAVER + um verbo no PARTICÍPIO. Somente nessa formação é que teremos o nosso tempo composto.

Vou apresentar uma tabela a seguir para você começar a ter intimidade.

QUADROS DOS TEMPOS COMPOSTOS

Quero que você observe bem os tempos verbais que eu deixei na cor azul, porque eles mudarão apenas o modo (indicativo ou subjuntivo). Isso facilita na hora de memorizar os tempos verbais. Veja!

Presente + particípio = Pretérito perfeito composto

Pretérito imperfeito + particípio = Pretérito mais-que-perfeito composto

Estes são os tempos compostos mais cobrados em provas, em especial os tempos do modo indicativo. Os demais tempos serão o futuro. Então, se você tiver um método, ficará muito mais simples de internalizar este assunto.

Vamos treinar em questões de prova?

1. (MI/ ASS. TÉC./ CESPE)

O verbo empregado em “chegara o efetivo” pode ser substituído pela locução verbal tinha chegado, sem prejuízo para a interpretação do texto.

TEXTO: Uma tarde entrou em nossa casa, aflito e desvairado, ia perder o lugar, porque chegara o efetivo naquela manhã.

2. (CODIUB/ ANALISTA/ FUNDEP)

“Há poucos dias, ao revelar minha idade, uma jovem universitária reagira assim […]”

Assinale a alternativa em que se preservam o sentido, o tempo e o modo da forma verbal sublinhada.

(A) havia reagido

(B) reagiu

(C) terá reagido

(D) teria reagido

3. (CESPE/ BNB/ 2018)

Nas locuções “tinha botado” e “tinha posto”, a substituição da forma verbal “tinha” por havia não prejudicaria a correção gramatical e o sentido original do texto.

TEXTO: E aquele caso da cabra, em que — Deus me perdoe! — pela primeira vez tinha botado a mão em cima do alheio… E se saíra tão mal, e o homem o tinha posto até de sem-vergonha, e ele tão morto, tão sem coragem, que o que fez foi ficar agachado, aguentando a desgraça…

4. (CESPE/ SEGESP-AL/ PAPILOSCOPISTA)

A locução verbal “havia instalado” poderia ser substituída, no texto, pela forma verbal instalara, cujo sentido é o mesmo.

TEXTO: No final dos anos 60, o FBI começou a checar automaticamente as imagens digitais e, na metade da década de 70, já havia instalado certa quantidade de sistemas de scanners digitais automáticos.

5. (CESPE/ DEPEN/ 2013)

A substituição de “tem sofrido” por sofreu prejudicaria a correção gramatical do período.

TEXTO: O Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) informa que o crescimento da população carcerária tem sofrido retração nos últimos quatro anos.

Agora que você já tentou resolvê-las, vamos responder juntos!

1. ITEM CERTO

Sempre que tivermos “tinha” ou “havia” + verbo no particípio, teremos o pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. Você se lembra de que a formação desse tempo é “pretérito imperfeito do indicativo + particípio”? Por isso, é possível substituir a forma “chegara” que é o pretérito mais-que-perfeito do indicativa por “tinha chegado” ou “havia chegado”.

2. Alternativa A

A forma verbal “reagira” está conjugada no pretérito mais-que-perfeito do indicativo e poderia ser perfeitamente substituída pela forma composta “havia reagido”.

3. ITEM CERTO

As formas verbais “tinha botado” e “tinha posto” são tempos compostos no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo que também poderiam ser representadas por “havia botado” e “havia posto”. Ou seja, essa substituição não prejudicaria a correção nem o sentido.

4. ITEM CERTO

De fato, o sentido é exatamente o mesmo, pois ambos os tempos verbais estão no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.

5. ITEM ERRADO

O verbo “sofreu” está conjugado no pretérito perfeito do indicativo, assim como a forma composta “tem sofrido”. Isso significa que tal substituição não prejudicaria a correção. Agora, embora a correção gramatical fique intacta, houve um prejuízo no sentido e eu explico. 

O pretérito perfeito indica uma ação concluída no passado, ao passo que o pretérito perfeito composto indica que uma ação iniciou no passado, mas continua no presente. Essa forma composta é equivalente ao gerúndio: “vem sofrendo” ou “está sofrendo”.

É isso, turma! Espero que eu tenha ajudado a clarear este assunto. Eu convido você a assistir às minhas aulas para poder aprofundar ainda mais o estudo da Língua Portuguesa.

Um abraço do @Lucaslemos.pro