Apostilas em PDF – Você sabia que o mamão pode ser útil na imunohematologia? Descubra o papel da papaína! 

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Olá, pessoal! Tudo bem? Sou a professora Débora Juliani, farmacêutica, especialista em Análises Clínicas. Faço parte da equipe do Gran Concursos e este é o quarto artigo da série “Curiosidades em Análises Clínicas”, em que pretendo abordar temas curiosos ou pouco conhecidos no mundo dos exames laboratoriais! 

Você sabia que uma enzima extraída do mamão pode ser uma aliada poderosa nos testes de compatibilidade sanguínea? Pois é! Hoje vamos conversar sobre a papaína e seu papel na imunohematologia, aquele setor do laboratório onde o sangue e os anticorpos ganham destaque.

A papaína é uma enzima proteolítica, ou seja, ela tem a capacidade de “quebrar” proteínas. Essa propriedade é exatamente o que a torna útil nos estudos de antígenos das hemácias. Quando aplicamos papaína nas hemácias, ela atua modificando a superfície dessas células, facilitando (ou dificultando) certas reações com anticorpos.

Mas o que exatamente ela faz? A papaína degrada algumas glicoproteínas da membrana das hemácias, removendo ou alterando estruturas que podem impedir a ligação de anticorpos. É como se ela “limpasse o caminho” para uma reação mais clara em certos testes.

Na prática, usamos a papaína para potencializar reações entre antígenos e anticorpos. Isso é especialmente útil na pesquisa de anticorpos irregulares, quando precisamos detectar a presença de anticorpos que não fazem parte do sistema ABO, mas que podem causar problemas em transfusões.

Uma das principais vantagens é que ela aumenta a sensibilidade de alguns testes. Anticorpos da classe IgG, por exemplo, que geralmente reagem melhor a 37°C e podem ser mais discretos, ficam mais evidentes após o tratamento com enzimas como a papaína.

Ao mesmo tempo, a papaína pode inativar certos antígenos. Sistemas como o Duffy (Fya e Fyb) e MNS são bastante sensíveis à ação enzimática, e seus antígenos podem ser destruídos, o que ajuda na identificação do anticorpo presente. Isso é muito útil em painéis enzimáticos, onde comparamos as reações antes e depois do uso da enzima, além de claro, te garantir aquele pontinho na questão de prova resolvida com acerto! 

Falando em questão… Olha só como agora você já acerta essa, da prova da Aeronáutica (2021) para o cargo de Primeiro Tenente na especialidade Farmácia Bioquímica ou Análises Clínicas, sem qualquer dificuldade:

Claro que você marcou a letra D, pois já sabe que os antígenos eritrocitários destruídos pela ação da enzima papaína são MNS e Duffy, não é mesmo?

Outro ponto interessante é que, ao reduzir a carga negativa das hemácias (por ação sobre o ácido siálico da membrana), a papaína facilita a aglutinação, tornando o teste mais visível e confiável em algumas situações.

Agora, claro, a enzima não é mágica nem serve para tudo. Em certos casos, seu uso pode atrapalhar mais do que ajudar, especialmente se ela mascarar ou eliminar justamente o antígeno que estamos tentando identificar.

Por isso, o uso da papaína deve ser criterioso, bem planejado e interpretado com atenção. Nos testes de compatibilidade, por exemplo, o tratamento enzimático pode ser usado como ferramenta complementar, mas não substitui as provas padrão, como o teste de Coombs ou a pesquisa em meio salino. Ela é mais uma peça no quebra-cabeça da identificação correta do anticorpo.

Também é importante lembrar que há outras enzimas com funções semelhantes, como a ficina (extraída do figo) e a bromelina (do abacaxi), mas a papaína é uma das mais utilizadas, especialmente em bancos de sangue no Brasil.

E como tudo na rotina laboratorial, o uso da papaína deve seguir boas práticas de preparo, controle de qualidade e validação de reagentes. Afinal, estamos lidando com decisões que podem impactar diretamente a segurança transfusional do paciente.

Então, da próxima vez que você vir um frasco de papaína no laboratório, lembre-se: ali dentro tem uma enzima vinda do mamão, que ajuda a gente a desvendar mistérios no sangue e garantir transfusões mais seguras. Uma verdadeira curiosidade que conecta natureza e ciência!

Ficamos por aqui! Espero que tenha gostado do conteúdo! Um forte abraço e bons estudos, com a equipe do Gran Concursos, claro!


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Fonte: Gran Cursos Online

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