Jodie Foster é uma das atrizes e diretoras mais consagradas de Hollywood, com uma carreira que se estende por mais de cinco décadas. Mas nem por isso ela se sente à vontade para trabalhar com a geração Z, os jovens nascidos entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000.
Em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, Foster afirmou que acha a geração Z “muito irritante”, especialmente no local de trabalho. Ela disse que às vezes tem dificuldade para entender as atitudes dos mais jovens em relação ao trabalho, que considera descompromissadas e rebeldes.
“Eles [geração Z] são assim: ‘hoje, não estou a fim, vou chegar às 10h30’”, disse Foster, que tem 61 anos. “Ou, por exemplo, em e-mails, digo que tudo está gramaticalmente incorreto, você não verificou a ortografia? E eles respondem: ‘Por que faria isso, isso não é um tanto quanto limitante?’”
Foster, que começou sua carreira como atriz infantil em filmes como “Taxi Driver” (1976) e “Bugsy Malone” (1976), disse que se sente na obrigação de ajudar os jovens atores a encontrar seu caminho na indústria cinematográfica, que ela sabe que pode ser difícil e cruel.
“Eu me sinto compelida a ajudá-los, porque foi difícil crescer [no cinema]”, disse Foster, que ganhou dois Oscar de melhor atriz por “Acusados” (1988) e “O silêncio dos inocentes” (1991).
Apesar de sua crítica à geração Z, Foster fez questão de elogiar uma jovem atriz que trabalhou com ela recentemente: Bella Ramsey, de 20 anos, que ficou famosa por interpretar a personagem Lyanna Mormont na série “Game of Thrones”.
Foster dirigiu Ramsey no filme “Maurice”, uma adaptação do livro homônimo de E.M. Forster, que conta a história de um jovem gay na Inglaterra do início do século 20. Foster disse que Ramsey é um “exemplo de profissional” que está emergindo em um novo “vetor de autenticidade”.
“Ela é incrível, ela é uma atriz maravilhosa”, disse Foster sobre Ramsey. “Ela é muito profissional, muito dedicada, muito talentosa. Ela tem uma voz muito própria, muito autêntica. Ela não está tentando ser outra pessoa, ela está tentando ser ela mesma.”
Foster disse que aconselha os jovens atores a relaxarem, a não pensarem demais e a inventarem algo que seja deles. Ela disse que pode ajudá-los a descobrir isso, o que é mais divertido do que ser o protagonista da história.
“Eu acho que é muito mais interessante ser o coadjuvante, ser o personagem que tem uma função na história, mas que não tem toda a pressão por trás disso”, disse Foster. “Eu acho que é muito mais criativo e muito mais livre.”
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