Em uma decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou, pela quinta vez consecutiva, a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, fixando-a em 11,25% ao ano. Este movimento ressalta a resposta do Banco Central às dinâmicas recentes dos preços, indicando uma abordagem pró-ativa para sustentar a economia em meio a um cenário de mudanças.
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A trajetória de redução da taxa básica de juros tem sido constante, partindo de 13,75% ao ano em agosto de 2022. Esse ciclo de afrouxamento monetário é uma mudança significativa em relação ao período anterior, onde o Copom havia elevado a Selic por 12 vezes consecutivas entre março de 2021 e agosto de 2022.
O atual patamar de 11,25% ao ano representa a menor taxa desde março de 2022, quando estava em 10,75%, indicando uma estratégia do Banco Central para impulsionar a economia diante do cenário de incertezas globais.
Antes do ciclo de alta iniciado em março de 2021, a Selic havia alcançado seu nível mais baixo em 2% ao ano, em resposta à contração econômica gerada pela pandemia de COVID-19. Essa medida visava estimular a produção e o consumo, marcando um período de taxas historicamente baixas de agosto de 2020 a março de 2021.
Redução da taxa Selic estimula a economia ao tornar o crédito mais acessível
Um aspecto crucial do controle da inflação, a Selic, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), tem sido ajustada para equilibrar as pressões inflacionárias. Em 2023, o IPCA fechou em 4,62%, abaixo do teto da meta de 4,75%. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Apesar das projeções otimistas do Banco Central, que estima o IPCA em 3,5% para 2024, o mercado se mostra mais confiante, prevendo uma inflação de 3,81%, abaixo da meta estabelecida.
A redução da taxa Selic não apenas estimula a economia ao tornar o crédito mais acessível, mas também levanta preocupações sobre o controle da inflação. Em seu último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu a projeção de crescimento econômico para 2023 para 1,7%. Analistas econômicos, conforme o boletim Focus, preveem uma expansão do PIB de 1,6% em 2023.
Dessa forma, enquanto a redução da Selic visa impulsionar a atividade econômica, os desafios de equilibrar o crescimento e a inflação permanecem no horizonte, aguardando a evolução do cenário econômico nos próximos meses.
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