Segundo economistas consultados em uma pesquisa da Reuters, o Banco Central do Brasil (BC)provavelmente manterá a taxa Selic inalterada durante sua reunião de política monetária de junho. No entanto, acredita-se que a autarquia está próxima de iniciar um ciclo de afrouxamento, possivelmente já no terceiro trimestre.
Os 47 entrevistados na pesquisa concordaram que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deixará a taxa básica de juros no atual patamar de 13,75% ao ano, o pico desde 2017, pelo sétimo encontro consecutivo. A pesquisa foi realizada entre 12 e 15 de abril.
O Banco Central argumenta há meses que os custos elevados de empréstimo são necessários devido a um processo mais lento de redução da inflação e preocupações com a desancoragem das expectativas. No entanto, dados divulgados desde o último encontro mostraram sinais convincentes de desaceleração dos preços, com o IPCA de maio desacelerando mais do que o esperado, além de expectativas de inflação moderadas no boletim semanal Focus.
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Especialistas acreditam que a primeira redução da taxa de juros pelo BC ocorrerá em agosto
Esses desenvolvimentos aumentaram as expectativas de que o BC iniciará um ciclo de redução de juros em breve, possivelmente já no próximo encontro. “Dada a queda acelerada da inflação, que colocou a taxa em 12 meses dentro da faixa superior da meta, a probabilidade de cortes de juros é crescente para este ano, embora o ciclo de relaxamento deva ser moderado, de forma que o banco central deixe a porta aberta para ver e esperar como as condições se desenvolvem”, disse Alfredo Coutiño, diretor para América Latina da Moody’s Analytics.
Dos 40 especialistas que responderam a uma pergunta adicional da Reuters, vinte acreditam que a primeira redução da taxa de juros pelo BC ocorrerá em agosto. Entre eles, treze esperam um corte de 0,25 ponto percentual, enquanto três preveem um ajuste mais intenso, de 0,50 ponto. Três respondentes não especificaram a magnitude do afrouxamento, e um deles mencionou estar dividido igualmente entre 0,25 e 0,50 ponto.
Uma parcela significativa dos economistas sondados, dezesseis de quarenta, espera um corte um pouco mais tarde, na reunião de setembro do Copom.
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