A mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada neste domingo (31), revela um cenário interessante em relação à percepção dos eleitores brasileiros sobre a possibilidade de retorno da ditadura no país.
Dos entrevistados, 53% não acreditam na viabilidade desse retorno, o que representa o maior índice dos últimos dez anos, segundo o instituto. Em contrapartida, apenas 20% veem essa possibilidade como real, enquanto 22% consideram o risco de retrocesso democrático baixo.
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Comparando com levantamentos anteriores, em agosto de 2022, 49% dos entrevistados acreditavam na impossibilidade do retorno de um regime ditatorial, com 25% vendo pouca chance e os mesmos 20% que previam o retorno da ditadura. Em outubro de 2018, durante as eleições que elegeram Jair Bolsonaro, o índice de pessoas que acreditavam na volta do regime era ainda maior, atingindo 31%.
Em relação à data de 31 de março de 1964, que marca o início de 21 anos de ditadura militar no Brasil, a pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros (63%) não vê motivo para comemoração da ditadura, enquanto 28% não veem motivo para celebrar. A pesquisa também revela uma mudança significativa na opinião pública desde 2019, quando 36% dos entrevistados achavam que a data deveria ser celebrada.
Ao analisar a questão politicamente, a pesquisa mostra que entre os apoiadores do presidente Bolsonaro, 58% desprezam a data, enquanto 33% a consideram digna de celebração.
No entanto, entre os apoiadores do ex-presidente Lula, os números são um pouco diferentes, com 51% sugerindo o desprezo à data e 39% defendendo a comemoração. A condição social também apresenta divergências, sendo que os mais ricos tendem a desprezar a data (80%) em comparação com os mais pobres.
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Maior parte dos brasileiros diz não a anistia para atos golpistas
Em relação aos eventos de 8 de janeiro de 2023, onde apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram sedes dos Três Poderes, a pesquisa revela que 63% dos entrevistados se opõem à concessão de anistia para os responsáveis por esses atos.
Para 65% dos brasileiros, as invasões foram consideradas atos de vandalismo, enquanto 30% as enxergaram como uma tentativa de golpe de Estado. Esses números refletem a complexidade das opiniões políticas e sociais no contexto atual do Brasil.
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