Nesta terça-feira (14), o mercado financeiro global experimentou um dia de otimismo impulsionado pela significativa desaceleração da inflação nos Estados Unidos. A moeda norte-americana registrou uma queda expressiva, alcançando o menor valor dos últimos dois meses frente ao real brasileiro.
O dólar comercial encerrou o dia sendo cotado a R$ 4,862, representando uma forte queda de R$ 0,046 (-0,93%). A trajetória descendente da moeda ganhou impulso com a divulgação de dados que apontaram uma desaceleração na inflação ao consumidor nos Estados Unidos durante o mês de outubro, surpreendendo positivamente as expectativas do mercado.
Esta é a terceira queda consecutiva do dólar, mas diferentemente das sessões anteriores, a queda desta terça-feira foi mais acentuada. A cotação atual representa o menor valor desde 18 de setembro, quando fechou em R$ 4,85. Em novembro, a divisa acumula uma queda de 3,55%, contribuindo para uma diminuição de 7,92% ao longo de 2023.
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Bolsa de valores se beneficia
A bolsa de valores brasileira também foi impactada positivamente, registrando ganhos significativos. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 123.166 pontos, com uma expressiva alta de 2,29%, atingindo o nível mais elevado desde agosto de 2021. Este desempenho vigoroso é atribuído à perspectiva de que o ciclo de elevação das taxas de juros nos Estados Unidos se aproxima do fim.
O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgou hoje que a inflação ao consumidor na maior economia do mundo ficou em zero no mês passado e atingiu 3,2% nos últimos 12 meses até outubro. Em setembro, o índice havia subido 0,4%, totalizando 3,7% nos 12 meses anteriores.
A desaceleração dos preços nos Estados Unidos diminui as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros básicos, que atualmente se situam entre 5,25% e 5,5% ao ano. A expectativa de juros mais baixos em economias avançadas favorece a migração de capitais para países emergentes, como o Brasil, exercendo pressão para baixo sobre o dólar e valorizando a bolsa de valores.
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Previsão da inflação no Brasil é de queda
A última edição do Boletim Focus revela uma perspectiva otimista para a inflação no Brasil, com a previsão do IPCA, a inflação oficial, reduzindo de 4,63% para 4,59% em 2023. Para 2024, espera-se uma taxa ainda mais controlada, atingindo 3,92%, seguida por projeções de 3,5% para 2025 e 2026.
Apesar desses números favoráveis, é importante notar que a estimativa para 2023 está acima do centro da meta estabelecida pelo CMN em 3,25%, com uma probabilidade de 67% de ultrapassar o teto. O Relatório de Inflação indica que a projeção para 2024 também supera a meta, mas ainda dentro da margem de tolerância.
Em relação à política monetária, o Banco Central reduziu a Selic três vezes no segundo semestre para conter a inflação. O mercado prevê uma Selic de 11,75% ao final de 2023, com quedas subsequentes nos anos seguintes.
As instituições financeiras projetam um crescimento de 2,89% no PIB em 2023, enquanto as expectativas para 2024, 2025 e 2026 são de 1,5%, 1,93% e 2%, respectivamente. A previsão para o dólar é de R$ 5 no final de 2023 e R$ 5,08 até o final de 2024. Essas projeções indicam um cenário econômico mais favorável no país.
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