O número de brasileiros inadimplentes aumentou em janeiro, revertendo a tendência de queda observada nos dois meses anteriores, conforme aponta levantamento realizado pela Serasa. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o aumento também é significativo, passando de 70,09 milhões para 72,07 milhões de pessoas.
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O estudo revelou que o desemprego e a redução na renda continuam sendo os principais motivos para a inadimplência, com o desemprego sendo apontado por 29% dos endividados em 2022 e por 22% em 2023. A redução de renda foi citada por 12% e 20% dos inadimplentes nos mesmos anos, respectivamente.
O cartão de crédito permanece como a principal causa de dívida entre os inadimplentes desde 2018, correspondendo a 55% das dívidas no ano passado. A pesquisa também identificou que sete em cada dez brasileiros costumam parcelar suas compras, sendo a falta de valor integral para pagamento à vista o principal motivo.
Seria essencial reconhecer que o endividamento está fortemente ligado à baixa renda
Quanto à satisfação financeira, apenas uma pequena parcela das mulheres das classes C, D e E e das classes A e B afirmaram estar satisfeitas. O presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, ressalta a necessidade de políticas públicas abrangentes para enfrentar o problema da inadimplência, incluindo o combate ao desemprego e à informalidade, educação financeira, microcrédito e proteção do consumidor.
Meirelles destaca que embora a educação financeira seja crucial, é essencial reconhecer que o endividamento está fortemente ligado à baixa renda e às altas taxas de juros.
Ele enfatiza a importância de medidas como ampliação do acesso ao microcrédito, fomento ao crédito responsável e fortalecimento dos mecanismos de proteção do consumidor para evitar o endividamento excessivo e garantir os direitos dos consumidores.
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