Governo demite servidora do Ministério da Igualdade Racial após ofensas à torcida do São Paulo

A chefe de assessora especial de assuntos estratégicos do Ministério da Igualdade Racial, Marcelle Decothé da Silva, foi destituída do cargo nesta terça-feira (26). A demissão ocorreu em decorrência das declarações feitas no último domingo, (24), enquanto acompanhava a ministra Anielle Franco em uma agenda oficial. Nas redes sociais, Decothé debochou e lançou insultos contra a torcida do São Paulo Futebol Clube e contra os habitantes do estado de São Paulo.

Utilizando uma linguagem neutra, a assessora escreveu: “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… pior de tudo pauliste.” As declarações geraram uma onda de indignação, levando a ministra a telefonar para os líderes do São Paulo e da torcida Independente, na qual se desculpou pelos comentários.

O presidente do São Paulo Futebol Clube, Julio Casares, e Henrique Gomes, líder da principal torcida organizada do clube, expressaram repúdio ao comportamento de Marcelle Decothé durante a final da Copa do Brasil. Casares destacou a importância do clube ser inclusivo e livre de discriminação racial, de gênero e social, reafirmando o compromisso do time com esses princípios. Ele também enfatizou a necessidade de punição da assessora.

+++ Suspeita de fraude: Ministério da Saúde fecha contrato milionário com empresa de 1 funcionário

Líder da torcida independente do São Paulo pressionou ministra pela demissão da assessora

Após a repercussão negativa, Gomes anunciou que recebeu um pedido de desculpas da ministra Anielle Franco. Diante da pressão e da controvérsia, as redes sociais oficiais do Ministério da Igualdade Racial anunciaram a demissão de Marcelle Decothé, afirmando que suas manifestações públicas eram contrárias às políticas e objetivos da pasta.

Para investigar a conduta de Decothé e de outras assessoras do Ministério, foi instituído um comitê interno chamado de “Comitê de Integridade, Transparência, Ética e Responsabilização”. Este comitê terá a tarefa de analisar o caso em profundidade, conforme anunciado na nota que comunicou a demissão da assessora.

O doutor e mestre em Direito Constitucional pela UFMG, Lucas Paulino, publicou no X, antigo Twitter, a perspectiva dele sobre o acontecido. Conforme a publicação, a assessoria do Ministério da Igualdade Racial teria agido de forma clubista, com ódio “irracional” contra uma das maiores torcidas do Brasil. “Representantes do governo não podem ser passionais dessa forma. Se estavam a trabalho, faltou respeitar o princípio da impessoalidade”.

+ Acompanhe as principais informações sobre Sociedade e Brasil no JC Concursos

Siga o JC Concursos no Google NewsSociedadeBrasil


Fonte: JC Concursos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *