Segundo a pesquisa, realizada com mais de 2 mil pessoas, a falta de oportunidade de crescimento foi o principal motivo que levou os trabalhadores a cogitarem outras empresas (30,03%), seguido de liderança tóxica (24,46%), salário baixo (24,15%) e clima organizacional ruim (21,36%).
Para Ana Paula Prado, CEO de Infojobs e porta-voz do Pandapé, software de RH, as organizações devem olhar para as necessidades coletivas e individuais dos colaboradores com atenção, estabelecendo planos de desenvolvimento e outras ações em prol do bem-estar. “Com a questão financeira aparecendo apenas em terceira posição, fica evidente o quanto a remuneração justa, embora almejável, ainda não é o principal fator a ser trabalhado na retenção de talentos”, afirma.
Empresas não se preocupam com a satisfação dos colaboradores
A pesquisa também indicou que, para 53,68% dos respondentes, as empresas não estão preocupadas com a satisfação dos colaboradores. “Um dos principais desafios do RH é evitar a fuga de talentos. O fenômeno pode ocorrer por diversas razões e uma das maneiras de evitar com que isso aconteça é fazer o colaborador se sentir pertencente. Quando mais de 50% das pessoas acredita que não estão verdadeiramente olhando para seus interesses, um sinal vermelho é aceso. Precisamos pensar na qualidade de vida, já que isso também aumentará a produtividade e, por consequência, os resultados da empresa”, analisa a executiva.
Pandemia trouxe mudanças positivas para o cenário
O estudo também mostrou que o cenário melhorou após a pandemia, já que 55,29% acredita que o assunto está sendo visto com mais atenção agora. Nos últimos dois anos, foram adotadas medidas para contribuir com a saúde e bem-estar (19,47%), horários flexíveis (17,68%) e criação de planos de desenvolvimento dos colaboradores (11,95%).
Tecnologia como aliada na retenção de talentos
Na opinião de 93,54% dos participantes, a satisfação no trabalho é um fator crucial para a retenção dos talentos. Neste sentido, a remuneração justa foi apontada em 21,60% como uma das medidas que poderia contribuir com a felicidade no ambiente corporativo, seguido de equilíbrio entre vida pessoal e profissional (21,7%) e bom clima organizacional (17,54%). Planos de carreira também foram citados por 16,36%.
Mas afinal, como identificar as principais necessidades dos colaboradores? De acordo com a porta-voz de Pandapé, a tecnologia chega para somar, pois permite elaborar pesquisas personalizadas, entrevistas de desligamento e até nas seleções, com um mapeamento de perguntas que contribuam para que percebam a organização de forma mais atrativa.
As alternativas modernas no RH são vistas com bons olhos pelos respondentes, sendo que 84,35% acredita que um software de gestão de pessoas (HCM) tem potencial para melhorar a retenção de talentos.
“Podemos perceber que os trabalhadores estão mais abertos aos recursos ou softwares, pois enxergam a otimização e potencialização de resultados, porém o estudo também ressaltou que apenas 58,50% está em uma organização que adota essas estratégias. Com o mundo passando por uma transformação digital tão evidente, cabe às empresas revisitar seus processos e pensarem como a tecnologia pode ajudar com os ganhos e construções de laços sólidos”, conclui.
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