A gigante suíça de alimentos, Nestlé, anunciou aquisição de grande destaque no mercado brasileiro ao adquirir a Kopenhagen, uma das marcas mais reconhecidas no segmento de chocolates finos. O negócio foi fechado por um montante de quase R$ 4,5 bilhões, considerando ações mais dívidas.
A transação marca a saída da Advent, uma renomada gestora que havia adquirido o controle da Kopenhagen em 2020. A escolha de vender para uma empresa do mesmo ramo, como a Nestlé, em vez de realizar uma oferta pública, que é quando vendem parte dela para os investidores, reflete o atual cenário do mercado de capitais no Brasil, que enfrenta desafios significativos.
Quando a Advent investiu na Kopenhagen, a empresa registrava um faturamento de R$ 450 milhões e lucro de R$ 120 milhões. Desde então, a companhia conseguiu praticamente dobrar essa margem, ultrapassando a marca de R$ 200 milhões.
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Nestlé também revelou plano de investimento no Brasil, totalizando R$ 2,7 bilhões até 2026
Com a conclusão da aquisição, a Nestlé assume o controle de uma rede com mais de 800 lojas da Kopenhagen e Brasil Cacau em todo o território brasileiro. Além desse marco, a Nestlé também revelou plano de investimento no Brasil, totalizando R$ 2,7 bilhões até o ano de 2026.
O objetivo desse investimento é a expansão de suas instalações de produção de chocolates e biscoitos, fortalecendo ainda mais a presença e atuação no mercado nacional.
Aquisição marca mais um passo importante para a Nestlé, vindo logo após a autorização recente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no início de agosto, para a incorporação da marca Garoto ao portfólio. A compra da Garoto, com sede em Vila Velha (ES) e valorizada em R$ 1 bilhão, representou um desafio judicial para a Nestlé, que perdurava desde 2004.
Com a união da Nestlé e Garoto, a gigante se consolidou na maior posição no mercado de chocolates do país, detendo aproximadamente 60% desse segmento. Para resolver questões relacionadas a essa concentração de mercado, foi estabelecido um acordo que impedia a Nestlé de adquirir, nos próximos cinco anos, qualquer empresa de chocolate que detenha mais de 5% de participação no mercado nacional.
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