O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou em contato com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para expressar preocupação sobre as potenciais consequências desastrosas que a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo pode acarretar para a capital paulista.
A informação é da coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. Ele também buscou informações sobre o assunto junto ao secretário de Governo de SP, Gilberto Kassab (PSD), e realizou uma reunião com a bancada de vereadores do PT de SP. Tarcísio e Kassab se comprometeram a se informar melhor sobre o assunto.
O projeto está sendo aprovado rapidamente pela Câmara Municipal de São Paulo, apesar de suas implicações significativas para as regras de construção de edifícios e ocupação da cidade, que afetam diretamente a vida dos moradores.
O projeto já passou pelo primeiro turno de aprovação na Câmara e será discutido em apenas mais oito audiências públicas. Essa proposta tem sido fortemente criticada por urbanistas e arquitetos ao permitir uma verticalização descontrolada da cidade, incluindo a construção de arranha-céus em áreas residenciais.
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MP entrou na justiça para que plano seja debatido
Ainda segundo informações da colunista, o Ministério Público de São Paulo apresentou uma ação judicial buscando promover um debate mais abrangente sobre a revisão proposta.
O ex-prefeito Haddad também teve uma reunião com a bancada de vereadores do PT, onde afirmou que o projeto modifica o conceito de mobilização da cidade e altera o Plano Diretor que foi aprovado durante sua gestão, recebendo reconhecimento internacional, como os prêmios ArchDaily e ONU-Habitat.
Por outro lado, vereadores contrários ao projeto argumentam que o substitutivo apresentado pelo vereador Rodrigo Goulart, do PSD, beneficia as construtoras em detrimento de medidas que visam evitar o completo deterioramento da cidade de São Paulo.
Saiba detalhes sobre a medida
Aprovado pela maioria dos vereadores, o texto propõe um aumento significativo no tamanho dos prédios que as construtoras podem erguer em áreas destinadas à Habitação de Interesse Social (HIS), permitindo agora edifícios com até nove vezes o tamanho do terreno, em contraste com o limite atual de quatro vezes a área.
Além disso, certas disposições que beneficiam a população de baixa renda em áreas próximas a eixos de transporte, metrô, trem e corredores de ônibus foram removidas pelos vereadores.
A Câmara Municipal afirma ter realizado aproximadamente 50 audiências públicas e coletado centenas de sugestões, embora o novo substitutivo apresentado traga mudanças substanciais. Agora, o projeto de revisão está programado para passar por um total de oito audiências públicas em menos de três semanas.
A votação definitiva em segundo turno está prevista para a tarde do dia 21 de junho, sendo que a última audiência pública ocorrerá na manhã do mesmo dia, podendo resultar em alterações no projeto.
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