Acabou a espera: foram publicados os editais do Concurso Nacional Unificado (CNU), em edição extraordinária do Diário Oficial da União na noite desta quarta-feira (10). Segundo o governo, esse é o maior processo seletivo da história da administração pública federal e os números impressionam.
A começar pelo número de vagas disponíveis: 19.920 vagas, sendo 6.640 para preenchimento imediato. Os demais 13.280 candidatos aprovados, mas fora das vagas imediatas, ficarão na lista de espera do cadastro reserva e poderão ser nomeados durante o prazo de validade do concurso público, que será de até dois anos.
O número de órgãos participantes também é alto. Pela primeira vez, será feito um concurso único para contratar pessoal para 21 órgãos, que estão com 107 cargos vagos. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou que, nos últimos seis anos, o governo federal perdeu 73 mil servidores púplicos.
O MGI estima que o certame vá atrair entre 2 milhões e 3,5 milhões de inscritos. Portanto, a concorrência entre candidatos deve ser expressiva. Para promover um concurso público desse porte, a força de trabalho estimada é de 350 mil pessoas envolvida nesse processo.
E para comportar tanto concurseiro por metro quadrado, um número bastante considerável de cidades vão sediar as provas: 220 cidades, localizadas em todas as Unidades da Federação (UF).
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Mais números do Concurso Nacional Unificado
Está confuso já com essa sopa de números? Respira porque a numeralha do “Enem dos concursos” não para por aí. Confira abaixo outros marcos matemáticos divulgados pelo governo:
- Publicação de 8 editais para um mesmo concurso público
- Aplicação de provas diferentes para 8 blocos temáticos de forma simultânea, em 220 municípios
- Isenção ampliada: para todos os inscritos no CadÚnico; doador de medula óssea; bolsista ou ex-bolsista do ProUni; bolsista ou ex-bolsista do Fies
- Ampla reserva de vagas: 5% do total a candidatos com deficiência, 20% para negros e 30% para indígenas (apenas das vagas para a Funai nesse último caso)
- Convocação rápida: os aprovados serão convocados em agosto, apenas três meses após as provas, agendada para 5 de maio
🙌 Acaba de sair o edital do maior concurso público da história! Coordenado pelo ministério da @gestaogovbr, o Concurso Público Nacional Unificado oferece 6.640 vagas, distribuídas em 21 órgãos federais.
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— Governo do Brasil (@govbr) January 10, 2024
Inscrições abrem na próxima semana
As inscrições devem feitas pelo próprio candidato e apenas na página oficial do Concurso Nacional Unificado, criada pelo governo. O período vai das 10h de 19 de janeiro às 23h59 do dia 9 de fevereiro. As inscrições não serão feitas no site da banca organizadora, como de costume. Além disso, para se candidatar, é preciso ter conta na plataforma Gov.br (ouro, prata ou bronze). Veja aqui como criar.
A taxa de participação será de R$ 60 para vagas de nível médio, que totalizam 692, e de R$ 90 para concorrer às oportunidades de nível superior, que somam 5.948 vagas imediatas.
No momento da inscrição, o candidato fará a escolha pelas carreiras, que estarão divididas em oito blocos temáticos. Cada bloco reúne os cargos que possuem semelhanças entre si.
O CNU permitirá a inscrição para a disputa por vagas para mais de um cargo, desde que dentro do mesmo bloco temático, com taxa de inscrição única. E só será permitida uma inscrição por CPF, pois as provas serão aplicadas no mesmo dia e horário, mas será possível disputar todos os cargos do bloco escolhido, sendo necessário:
- Etapa 1: escolher o bloco temático;
- Etapa 2: escolher os cargos dentro do mesmo bloco temático;
- Etapa 3: ordenar preferência entre os cargos;
- Etapa 4: ordenar preferência entre as especialidades;
É possível expressar preferência entre todos os cargos e especialidades ou apenas em alguns deles. “Somente é possível se inscrever para cargos dentro do mesmo bloco temático, ou seja, o candidato pode escolher todos os cargos ou só um, mas deve levar em consideração os requisitos exigidos para cada cargo como, por exemplo, curso superior específico para preencher a vaga”, explicou a ministra do MGI, Esther Dweck, em coletiva na tarde desta quarta-feira (10).
“Além disso, a ordem de preferência dos cargos escolhidos deve ser feita de forma cuidadosa, porque será levada em consideração no momento do chamamento. Será possível alterar o bloco até a data final do período da inscrição”, ressaltou a ministra, que afirmou, ainda, que o CNU deve ser promovido a cada dois anos.
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Provas do CNU: saiba quando e como serão
As provas estão agendavas para o dia 5 de maio e contarão com avaliações objetivas específicas e dissertativas, por área de atuação. Os exames serão promovidos em dois turnos, matutino e vespertino:
Nível superior
- Pela manhã (2h30 de duração): provas objetivas de conhecimentos gerais (20 questões) + prova discursiva de conhecimento específico do bloco; e
- Pela tarde (2h30 de duração): provas objetivas de conhecimentos específicos (50 questões).
Nível médio
- Pela manhã (2h30 de duração): provas objetivas (20 questões) + redação; e
- Pela tarde (2h30 de duração): provas objetivas (40 questões).
Resultados
A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será no dia 3 de junho. Os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Em 5 de agosto terá início a etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação. O banco de candidatos aprovados no cadastro respera poderá ser usado para processos de contratação temporária, que é mais uma inovação do governo.
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