A partir deste domingo (17), começa a valer a tarifa zero em ônibus de SP durante os domingos. A medida, implantada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), vale para todos os passageiros em todas as linhas da cidade.
Prefeitura estima que deixará de arrecadar R$ 283 milhões com as tarifas pagas aos domingos. O valor será coberto por recursos do orçamento municipal. O objetivo da medida é incentivar o uso do transporte público e ampliar o acesso à cultura, lazer e esporte.
A tarifa zero aos domingos é uma iniciativa inédita na cidade de São Paulo. A medida foi aprovada pela Câmara Municipal na última quarta-feira (6) e foi sancionada pelo prefeito Nunes na quinta-feira (7).
Gratuidade vale para todos os passageiros, incluindo idosos, estudantes e pessoas com deficiência. Ela também será aplicada nos feriados de Natal, Ano Novo e aniversário de São Paulo.
A prefeitura estima que a medida beneficiará cerca de 2,2 milhões de pessoas mensais. O prefeito Nunes defende que a tarifa zero é uma forma de melhorar a qualidade de vida dos moradores de São Paulo. “As pessoas vão poder curtir e viver a cidade, ter suas ações desenvolvidas de esporte, cultura e lazer”, disse.
Segundo publicação do portal G1, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é contrário à tarifa zero. Ele argumenta que a medida prejudica as empresas de transporte público.
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Subsídio para empresas de transportes
O gasto da prefeitura de São Paulo com subsídios ao transporte público atingiu um recorde histórico em 2023, chegando a R$ 5,3 bilhões em novembro. O montante é resultado do congelamento da tarifa em R$ 4,40 desde janeiro de 2020.
O prefeito Ricardo Nunes afirmou também ao G1, que o aumento do subsídio é necessário para manter a tarifa no patamar atual, de R$ 4,40. Segundo ele, sem o subsídio, a tarifa deveria estar em torno de R$ 8,00.
Nunes também argumentou que o congelamento da tarifa é importante para atrair novos usuários para o transporte público e resgatar o número de passageiros transportados antes da pandemia da Covid-19. Em 2019, a cidade transportava cerca de 9 milhões de passageiros diários. Hoje, esse número é de apenas 7 milhões.
O gasto da gestão municipal com subsídios pagos às empresas de ônibus já é o maior da história da cidade, pelo terceiro ano consecutivo. Em 2022, o valor foi de R$ 5,1 bilhões.
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