O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (15) a priorização da imunização de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos contra a dengue. A campanha de vacinação tem previsão de início para o mês de fevereiro deste ano.
O país, pioneiro ao oferecer o imunizante na rede pública, enfrenta o desafio de uma quantidade inicialmente limitada de doses, com acesso a até 6 milhões de vacinas em 2024. Dado que a aplicação requer duas doses, no máximo 3 milhões de pessoas serão vacinadas neste ano.
O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, destacou que a faixa etária de 6 a 16 anos será a principal prioridade, e dentro desse grupo, será decidido qual subgrupo será atendido primeiro, considerando fatores como hospitalização.
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A definição sobre a faixa etária inicial, grupos prioritários e a quantidade de doses a ser distribuída aos estados será tomada na próxima semana, durante uma reunião marcada para quinta-feira (25).
🦟 Brasil registrou 1,6 milhão de casos de dengue e 94 mortes em 2023
A vacina, conhecida como Qdenga, desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 e agora faz parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Em 2023, o Brasil registrou 1,6 milhão de casos de dengue e 94 mortes, enquanto neste ano os casos ultrapassam 10 mil, com sete mortes em investigação. A vacina Qdenga contém vírus vivos atenuados da dengue, induzindo respostas imunológicas contra os quatro sorotipos do vírus.
Apesar de a Takeda conseguir entregar cerca de 5 milhões de doses de fevereiro a novembro, o número de pessoas imunizadas será menor devido à necessidade de duas doses para o ciclo completo. O Ministério da Saúde está em negociações para receber doações, o que poderia elevar a quantidade de doses para 6 milhões.
A decisão final sobre a distribuição será tomada durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) na próxima semana. A Qdenga é indicada para pessoas de 4 a 60 anos, sendo a primeira vacina liberada no país para aqueles que nunca foram infectados pelo vírus da dengue.
Restrições incluem pessoas com alergias aos componentes, sistema imunológico comprometido, condição imunossupressora, gestantes e lactantes. Desde a aprovação pela Anvisa em março de 2023, clínicas particulares disponibilizam a vacina, que agora integra o PNI, oferecendo-a gratuitamente pelo SUS.
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