O Brasil está enfrentando um período de calor extremo sem precedentes. Em outubro, a temperatura média no país foi de 26,4°C, 1,2°C acima da média histórica. Esse é o quarto mês consecutivo em que a temperatura média fica acima da média histórica.
Em setembro, o desvio foi ainda maior, de 1,6°C. Em agosto, foi de 1,4°C e, em julho, de mais de 1°C. Esses recordes de calor são causados por uma combinação de fatores, incluindo o fenômeno El Niño, que está em sua fase mais forte em seis anos, e o aquecimento global.
O El Niño é um evento climático que ocorre no Oceano Pacífico e que provoca o aquecimento das águas do Pacífico Equatorial. Isso pode levar a mudanças no clima em todo o mundo, incluindo aumento das temperaturas.
O aquecimento global também está contribuindo para o aumento das temperaturas no Brasil. A temperatura média global da superfície terrestre e dos oceanos aumentou cerca de 1,1°C desde o início da era industrial.
As consequências do calor extremo no Brasil já estão sendo sentidas. Os incêndios florestais estão se tornando mais frequentes e severos, e o desmatamento está aumentando.
O calor extremo também está afetando a saúde humana. As ondas de calor podem causar doenças como insolação, desidratação e até morte.
O cenário é preocupante. O ano de 2023 está a caminho de ser o mais quente desde a década de 60. Se essa tendência continuar, o Brasil enfrentará cada vez mais problemas relacionados ao calor extremo.
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Inmet emite alerta
O calor extremo que atinge o Brasil nos últimos meses não vai parar tão cedo. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de onda de calor que deve atingir especialmente o interior do país até meados da próxima semana, até pelo menos a próxima sexta-feira (10).
O alerta de nível amarelo, que significa perigo potencial, abrange áreas do Centro-Oeste e Sudeste. De acordo com o Inmet, as temperaturas devem ficar 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos.
Em alguns municípios, principalmente dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C nos próximos dias.
O que pode ser feito para enfrentar a onda de calor?
Além das medidas individuais, é importante que o governo também tome medidas para enfrentar a onda de calor. Entre elas, estão:
- Fornecer água potável e abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade.
- Incentivar a população a adotar hábitos saudáveis para se proteger do calor.
- Investir em medidas de prevenção e combate a incêndios florestais.
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