Apostilas em PDF – Curiosidades em Análises Clínicas: Plasma ou soro, dá na mesma?

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Olá, pessoal! Espero que estejam bem. Eu sou a professora Débora Juliani, farmacêutica e apaixonada por Análises Clínicas. Aqui no Gran Concursos, minha missão é transformar temas técnicos em conteúdos leves, claros e cheios de dicas para ajudar você a conquistar a sua vaga. 

Quando falamos de morcego-vampiro, logo vem à mente aquela imagem clássica de filme: uma criatura que se alimenta de sangue. Mas, na vida real, existe sim um morcego com esse hábito — o Desmodus rotundus, popularmente conhecido como morcego-vampiro-comum. Ele vive principalmente na América Latina e se alimenta exclusivamente de sangue fresco, preferindo o de mamíferos como bois, cavalos e, eventualmente, humanos.

Mas aqui entra a curiosidade científica: o que acontece com o sangue depois que esse morcego começa a se alimentar? A primeira coisa é que ele não suga o sangue como um canudinho, como mostram nos filmes. Ele faz um pequeno corte com seus dentes afiados e, graças a um anticoagulante presente na saliva, o sangue continua fluindo sem coagular.

Esse anticoagulante é uma proteína chamada draculina — sim, o nome é uma homenagem ao Drácula. A draculina inibe um fator de coagulação chamado fator Xa, impedindo a formação do coágulo e mantendo o sangue líquido. É como se o morcego “enganasse” o sistema hemostático da vítima.

Além disso, a saliva do morcego também contém substâncias anestésicas, o que significa que a vítima muitas vezes nem percebe a mordida. Imagine só: um corte minúsculo, sem dor, e o sangue fluindo por minutos… Para o morcego, é o cenário perfeito para se alimentar.

Depois que o sangue entra no trato digestivo do morcego, acontece outra adaptação impressionante: o estômago dele funciona como um reservatório e concentrador de proteínas, já que o sangue é rico em hemoglobina. Mas, por outro lado, o sangue é pobre em carboidratos e gorduras, então o morcego precisa metabolizar grandes quantidades de proteína para obter energia.

Para lidar com isso, esses animais têm um sistema renal e intestinal adaptado para eliminar rapidamente o excesso de água do sangue ingerido, concentrando os nutrientes e evitando que o peso extra atrapalhe o voo. Ou seja, eles começam a urinar praticamente enquanto ainda estão se alimentando!

Do ponto de vista da ciência médica, a draculina chamou tanta atenção que já foi estudada como potencial fármaco anticoagulante, especialmente em pacientes com risco de trombose ou acidente vascular cerebral. É um exemplo perfeito de como a natureza pode inspirar medicamentos inovadores.

Outro ponto interessante é que, apesar do nome “vampiro” e da fama sombria, esses morcegos não matam suas presas. Eles retiram uma pequena quantidade de sangue (em média 20 ml por noite), o suficiente para sua alimentação, mas não a ponto de causar grandes danos. O problema maior é que eles podem transmitir doenças, como a raiva, e por isso há monitoramento e controle em áreas rurais.

E, claro, para nós da área de análises clínicas, entender o efeito da draculina no sangue é fascinante. Ela é um “anticoagulante natural” extremamente eficaz, que age de forma diferente dos anticoagulantes que usamos em laboratório, como EDTA, citrato ou heparina.

Então, quando alguém falar sobre morcegos-vampiro, você já pode explicar: eles não só têm uma estratégia de alimentação muito bem planejada, como também carregam na saliva uma substância que é um verdadeiro tesouro para a pesquisa científica. Um exemplo perfeito de como a curiosidade pode abrir portas para novas descobertas.

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Fonte: Gran Cursos Online

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