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Olá, querido(a) aluno(a)!
Neste artigo estudaremos o MapStruct, uma ferramenta bastante cobrada em concursos que abordam desenvolvimento Java moderno e frameworks associados. O MapStruct é um code generator para mapeamento de objetos Java (DTOs, entidades, beans), que simplifica e otimiza a transformação de dados entre camadas da aplicação.
O MapStruct é especialmente útil em arquiteturas baseadas em microsserviços ou aplicações corporativas com múltiplas camadas, nas quais é comum a necessidade de converter dados entre objetos de domínio, DTOs (Data Transfer Objects) e modelos de persistência. Esse processo, se feito manualmente, pode aumentar a verbosidade e introduzir erros.
Com o MapStruct, o desenvolvedor define interfaces de mapeamento e utiliza anotações para indicar como os atributos devem ser convertidos. Durante a compilação, o framework gera automaticamente as implementações dessas interfaces, garantindo código performático e sem reflexão em tempo de execução.
A anotação principal é @Mapper, que define uma interface como mapeador. Dentro dela, os métodos são declarados para conversão entre tipos, e o MapStruct gera automaticamente a implementação correspondente.
Outro recurso importante é a anotação @Mapping, utilizada quando os atributos das classes possuem nomes diferentes ou precisam de transformações personalizadas. Por exemplo, converter ProcessoA.nome para ProcessoB.titulo.
O MapStruct também suporta mapeamentos complexos, como coleções, enums e herança. Além disso, pode ser integrado a frameworks como o Spring, permitindo injeção de dependência dos mapeadores e uso direto em serviços e controladores.
Do ponto de vista de desempenho, o MapStruct é vantajoso em relação a outras soluções como o ModelMapper, pois não utiliza reflexão em tempo de execução. O código gerado é estático e direto, garantindo alta performance.
Em provas, é comum a cobrança de conceitos como as anotações obrigatórias, a função do @Mapper, a geração de implementações em tempo de compilação e as vantagens sobre abordagens manuais ou baseadas em reflexão.
Outro ponto recorrente é a integração com DTOs em aplicações Java com Spring Boot, onde o MapStruct facilita o desacoplamento entre modelos de persistência e objetos transferidos pelas APIs REST.
Assim, o domínio sobre o MapStruct não só facilita o trabalho do desenvolvedor, como também é diferencial em concursos, especialmente em temas relacionados a frameworks Java, arquitetura em camadas e microsserviços.
Referências essenciais
- Documentação oficial do MapStruct: https://mapstruct.org
- Walls, C. Spring Boot in Action. Manning, 2016.
- Richardson, C. Microservices Patterns. Manning, 2018.
Vamos ver como este conteúdo já foi cobrado?
1. (FGV – 2023 – TJ-RN – Analista Judiciário – TI – Análise de Sistemas)
O desenvolvedor Luís implementou a interface Java ProcessoAB. O ProcessoAB mapeia a conversão de objetos da classe ProcessoA em objetos da classe ProcessoB através da ferramenta MapStruct. O atributo “nome” do ProcessoA corresponde ao atributo “titulo” do ProcessoB. A fim de orientar o correto mapeamento entre atributos de nomes diferentes, Luís recorreu à anotação Java do MapStruct que torna explícitos os nomes dos atributos mapeados.
a) Mapper
b) Mapping
c) AfterMapping
d) MapperConfig
e) BeanMapping
Gabarito: letra b (Mapping)
Comentário: A anotação @Mapping é utilizada quando há diferença de nomes entre atributos ou quando se deseja personalizar a conversão. As demais não resolvem esse problema: @Mapper define o mapeador, @MapperConfig define configurações globais, @AfterMapping permite lógica extra após o mapeamento, e @BeanMapping trata configurações específicas de métodos.
Prof. Jósis Alves
Analista de TI no Supremo Tribunal Federal
Instagram: @josisalvesprof @aprovati
Fonte: Gran Cursos Online


