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Hoje, quero propor a você uma reflexão diferente de tudo que já compartilhei aqui. Uma mensagem que não tem como foco a preparação para concurso, mas, sim, o que vem depois dela.
Sabemos que muitos veem a aprovação como o auge, o ponto mais alto da trajetória de um concurseiro, e compreendo esse sentimento. Afinal, conquistar uma vaga no serviço público é algo grandioso – até chegar lá, são meses ou anos de luta, dedicação, renúncias e superação. Mas o ponto aqui é: por mais importante que essa conquista seja, ela representa apenas o primeiro passo. A verdadeira jornada começa no momento em que se deixa de ser candidato para se tornar agente de transformação da sociedade.
Quero que você se imagine agora no dia da sua posse. Respire fundo e visualize o momento: você entrando no auditório, ouvindo seu nome ser chamado, assinando o termo de posse, descobrindo em qual setor trabalhará… Você venceu! Mas e agora? Que tipo de servidor você quer ser?
A Nova Gestão Pública (NGP) redefiniu o papel do servidor. Inspirada na lógica de eficiência da iniciativa privada, ela reclama mais que a mera realização de tarefas: exige resultado, inovação e excelência no atendimento ao cidadão. Significa abandonar a postura burocrática e adotar uma atuação proativa, voltada a agregar valor à sociedade.
Hoje não se aceita mais um servidor público limitado a “cumprir expediente”. A imagem do funcionário que passa o dia preenchendo formulários e carimbando papéis ficou para trás. O servidor público do século 21 reinventa processos de trabalho, adota boas práticas e se adapta continuamente ao mundo em transformação. Acima de tudo, entende que a estabilidade conquistada não deve ser sinônimo de estagnação, mas de segurança para inovar com coragem e propósito.
A Boa Governança Pública reforça esse ideal. Ela pressupõe integridade, responsabilidade e transparência de todos os atores envolvidos na gestão estatal – dos altos escalões do poder até o servidor da linha de frente. O profissional que atua com ética e que busca aprimoramento contínuo não apenas consolida uma trajetória bem-sucedida como também contribui para uma administração mais justa, eficiente e conectada às necessidades do país. Em contrapartida, aquele que se acomoda, resiste à inovação ou age com descaso acaba perdendo relevância em um cenário que valoriza comprometimento e evolução constante.
A transformação digital intensificou essa necessidade de adaptação. O chamado “governo digital” veio para ficar e exige dos servidores o domínio de novas ferramentas, pensamento analítico e capacidade de redesenhar processos internos. A tecnologia, longe de representar uma ameaça, deve ser vista como uma aliada poderosa para tornar a máquina pública mais ágil, eficiente e orientada ao bem comum.
Com isso, além do conhecimento técnico, é essencial desenvolver também habilidades como inteligência emocional, empatia, senso de equipe, boa comunicação e liderança. As chamadas “soft skills” e “people skills” deixaram de ser diferenciais e se tornaram requisitos para quem almeja crescer no serviço público moderno.
É aqui que a sua postura, caro leitor, faz toda a diferença. O servidor precisa ter um propósito que vá além das conquistas pessoais. Para ele, estabilidade e um bom salário são ponto de partida, não de chegada. Seu verdadeiro objetivo deve ser o de atuar como agente de transformação – não mais uma peça na engrenagem, e sim alguém que imprima sentido a tudo que faz. É preciso ter vocação de servir, consciência do impacto do próprio trabalho e clareza sobre o papel que exerce nessa missão grandiosa de melhorar a vida das pessoas.
E é preciso, sobretudo, ser guiado pela ética. O combate à corrupção, ao desperdício e à ineficiência começa em cada um de nós. Começa em você. Uma conduta irrepreensível e um compromisso genuíno com a integridade são o alicerce para quem deseja não apenas permanecer na carreira pública, mas se destacar nela e inspirar outros pelo exemplo.
Muitos ainda enxergam iniciativa privada e serviço público como mundos antagônicos. Ledo engano. A relação é de complementaridade. O país precisa tanto de empreendedores que gerem riqueza como de servidores públicos que garantam segurança jurídica, acesso a direitos e o bom funcionamento das instituições. São forças que, quando atuam em harmonia, criam as bases para um desenvolvimento sólido, sustentável e verdadeiramente transformador. Cabe ao servidor público compreender seu papel nesse equilíbrio e agir com senso de dever e espírito colaborativo.
Levar um pouco da mentalidade empreendedora para dentro da administração pública é, hoje, uma necessidade. Governos precisam inovar. Cidadãos precisam se engajar. E servidores precisam se reinventar. Estabilidade, repito, não é sinônimo de estagnação. Continuar estudando, atualizando-se e buscando formas de melhorar os serviços prestados é o que fará de você um servidor indispensável e – por que não dizer? – realizado.
A sua jornada está apenas começando. Vá em frente com coragem, determinação e a certeza de que o melhor ainda está por vir.
Feito esse exercício de se imaginar no futuro, responda nos comentários:
Você está pronto para ser o servidor que o Brasil precisa?
Gabriel Granjeiro – CEO e sócio-fundador do Gran. Reitor e professor da Gran Faculdade. Acompanha de perto o universo dos concursos desde muito cedo. Ingressou nele, profissionalmente, aos 14 anos. Desde 2016, escreve artigos semanalmente para o blog do Gran. Formou-se em Administração e Marketing pela New York University Stern School of Business. Em 2021, foi incluído na prestigiada lista da Forbes Under 30. Autor de 4 livros que figuraram entre os best-seller da Amazon Kindle.
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Fonte: Gran Cursos Online