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Neste último domingo, 13 de julho, foram aplicadas as provas do concurso CONAB para o cargo de Analista – Administração.

Os gabaritos preliminares já foram divulgados e, com isso, o prazo para interposição de recursos ficará aberto entre os dias 15 e 16 de julho, diretamente na área do candidato no site do Instituto Consulpam.

E para te ajudar, assim como na correção extraoficial, nossos professores identificaram algumas possibilidades de recursos para a avaliação. Veja abaixo:

Concurso CONAB: recursos para Analista – Administração

QUESTÃO 54

Um componente fundamental do custo operacional de transporte é a:
a) Depreciação dos ativos fixos e variáveis, vinculados à operação logística.
b) Exclusão dos custos de manutenção preventiva da composição do custo total.
c) Inclusão dos salários da equipe administrativa no custo operacional.
d) Consideração dos pedágios e tarifas alfandegárias como despesas logísticas.

1. Da impropriedade técnica e conceitual da alternativa A

A alternativa apontada como correta pelo gabarito preliminar apresenta vícios técnicos conceituais que a invalidam, conforme amplamente demonstrado pela doutrina especializada em Contabilidade de Custos e Gestão Logística.

Em primeiro lugar, a expressão “depreciação de ativos fixos e variáveis” está tecnicamente incorreta. Segundo a NBC TG 27 (CFC, 2009), não existe depreciação de ativos variáveis. A depreciação é uma figura contábil aplicável exclusivamente ao Ativo Imobilizado, ou seja, bens tangíveis de longa duração, como veículos e equipamentos. Isso é evidenciado por Martins (2010), que define a depreciação como a “diminuição do valor dos bens que compõem o ativo imobilizado”. Portanto, a simples menção a “ativos variáveis” na alternativa torna-a inviável sob o ponto de vista contábil.

Em segundo lugar, a própria natureza da depreciação a distancia do conceito de custo operacional direto. Trata-se de uma provisão contábil sistemática, normalmente de caráter fixo, ou seja, independente do volume de transporte realizado. E mesmo quando se adota uma forma de depreciação variável – como nos métodos por unidades produzidas ou quilometragem percorrida – o que se tem é uma variação na forma de cálculo da depreciação de um ativo fixo, e não a incidência da depreciação sobre um “ativo variável”, expressão tecnicamente incorreta e inexistente na literatura contábil. Ballou (2006) classifica explicitamente a depreciação como um custo fixo de transporte, ou seja, um custo que “não varia com o volume de serviço”. Assim, por ser uma alocação contábil e não representar um desembolso direto, sua caracterização como componente fundamental do custo operacional é inadequada.

Conforme reforça Horngren et al. (2012), a depreciação:

“não representa uma saída de caixa, mas sim a apropriação contábil do custo de um ativo ao longo do tempo.”

Portanto, além do erro na terminologia (“ativos variáveis”), a alternativa erra quanto à natureza da depreciação no contexto operacional.

2. Sobre a alternativa D

A alternativa (D) “Consideração dos pedágios e tarifas alfandegárias como despesas logísticas” encontra-se em plena consonância com os princípios da logística empresarial.

Os pedágios e tarifas são custos variáveis diretos, ocorrendo exclusivamente quando há deslocamento físico. Ballou (2006) explicita que:

“Os custos que variam com os serviços ou com o volume são denominados custos variáveis. Incluem os gastos diretos da movimentação, como combustível, pneus, manutenção e pedágios.”

Além disso, esses custos são imediatamente desembolsáveis e impactam diretamente a operação logística, o que os torna componentes inegáveis e fundamentais do custo operacional de transporte.

Bowersox, Closs e Cooper (2014) complementam:

“Despesas como pedágios, tarifas alfandegárias e taxas de movimentação constituem elementos diretos do custo logístico, com impacto imediato no desempenho e na viabilidade do transporte.”

3. Conclusão e pedido

Diante das impropriedades técnicas da alternativa (A), tanto pela terminologia incorreta quanto pela natureza contábil e não operacional do custo envolvido, e considerando que a alternativa (D) está tecnicamente correta, embasada por autores amplamente reconhecidos, solicita-se a alteração do gabarito preliminar para a alternativa D, única opção que descreve com precisão um componente operacional, direto, variável e essencial ao transporte.

Referências Bibliográficas:

  1. BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logística Empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
  2. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D.J.; COOPER, M. B.. Logística Empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
  3. HORNGREN, Charles T; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de Custos. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2012.
  4. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
  5. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TG 27 – Ativo Imobilizado. Brasília: CFC, 2009.

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Fonte: Estratégia Concursos

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