O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (01), reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano. Mais uma vez a decisão do Copom foi tomada por unanimidade.
Este foi o terceiro corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. Em 12,25%, a taxa chegou ao menor nível desde o início de maio de 2022 – quando estava em 11,75% ao ano.
A redução da Selic é uma resposta à inflação, que está em alta no Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fechou em 8,99% em 2022, o maior índice desde 2003.
Banco Central utiliza a taxa Selic como seu principal instrumento
A Selic desempenha um papel crucial na política monetária ao influenciar diversas taxas de juros em todo o país, afetando empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Para deter a escalada da inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic como seu principal instrumento.
Para determinar a taxa básica de juros, o BC realiza projeções futuras, seguindo o sistema de metas de inflação. Atualmente, a instituição está focada nas metas de inflação do próximo ano e do primeiro semestre de 2025 (em um período de doze meses). Isso ocorre porque as mudanças na Selic levam de seis a dezoito meses para terem pleno impacto na economia.
O Copom projeta que a inflação encerrará 2023 em 7,2%, ficando na meta de 3,0%, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. A redução da Selic deve estimular a economia, ao tornar o crédito mais barato. Isso pode levar a um aumento no consumo e nos investimentos.
No entanto, a inflação ainda é uma preocupação para o Copom. Se a inflação continuar em alta, o banco central pode ser obrigado a elevar a Selic novamente no futuro.
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