Dono de jornais de bairro em São Paulo e assessor do prefeito recebe verba de R$ 55 mil por mês

O proprietário da Empresa Jornalística Gazeta de Santo Amaro, Rafael Henrique Rodrigues Pistori, que engloba cinco jornais de bairro em São Paulo, tem sido alvo de atenção devido à sua posição como assessor do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Pistori foi nomeado para o cargo em julho de 2023 e recebe um salário mensal de R$ 12.154,88 no gabinete do prefeito, onde é responsável pela interação entre o mandatário e líderes locais em várias regiões da cidade.

Uma das atribuições de Pistori inclui a relação com proprietários de jornais de bairro, um setor em que ele também atua e que é notavelmente influente na carreira de Ricardo Nunes. O prefeito fundou o jornal Hora da Ação em 1988, que circulava na zona sul de São Paulo.

Recentemente, o jornal Folha de São Paulo revelou que os cinco jornais dirigidos por Pistori, todos localizados na zona sul da cidade, recebem R$ 55 mil por mês em publicidade da Prefeitura de São Paulo. Essa informação foi confirmada pelo Brasil de Fato. Os veículos frequentemente veiculam notícias positivas sobre a administração municipal e anúncios de obras ou inaugurações na zona sul.

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Conflito de interesse em ter um empresário do setor de mídia no gabinete do prefeito tem gerado debates

Fontes ligadas à Prefeitura indicaram que Pistori é uma figura de confiança de Nunes, desempenhando um papel-chave na manutenção de boas relações com os jornais de bairro e na promoção de uma imagem positiva do prefeito, que busca a reeleição em 2024. Em entrevista ao Brasil de Fato, Pistori abordou sua função de articulação com empresários do setor de jornais de bairro, destacando sua longa experiência nesse campo.

No entanto, surgiram questionamentos sobre sua suposta participação na organização de eventos, como um café da manhã entre Ricardo Nunes e donos de jornais de bairro. Pistori negou envolvimento na coordenação desses eventos e atribuiu a responsabilidade à Casa Civil.

A questão de um possível conflito de interesse em ter um empresário do setor de mídia no gabinete do prefeito tem gerado debates. A Prefeitura de São Paulo emitiu uma declaração ambígua, afirmando que “as alegações apresentadas são inverídicas. As ações de comunicação estão disponíveis conforme legislação em vigor”, sem esclarecer completamente a situação. 

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Fonte: JC Concursos

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