ESTA bebida triplicou as vendas e é sucesso de vendas entre jovens no Brasil

No Brasil, a cerveja sem álcool tem conquistado cada vez mais adeptos, principalmente entre os jovens e após a pandemia de Covid-19. Em um período de quatro anos, o consumo dessa bebida quase triplicou, e espera-se que o volume anual alcance 1 bilhão de litros até 2027, impulsionado principalmente por jovens com menos de 30 anos que buscam um estilo de vida mais saudável.

O aumento do consumo de cerveja sem álcool ainda é uma tendência recente. Algumas das grandes marcas lançaram suas versões apenas nos últimos anos, visando conquistar os consumidores que optam por não consumir álcool. 

A Itaipava e a Brahma entraram nesse segmento em 2011 e 2013, respectivamente. A Heineken 0.0 foi introduzida no Brasil em 2020, e a Budweiser sem álcool foi lançada em 2022. Atualmente, há pelo menos dez rótulos disponíveis para o consumidor.

Foi somente após o surgimento da pandemia de COVID-19 que as vendas desse tipo de cerveja dispararam. Em 2019, as cervejarias comercializaram 140 milhões de litros de bebidas com baixo ou nenhum teor alcoólico, de acordo com dados da Euromonitor para o Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja) na qual a reportagem do UOL teve acesso. 

Em 2022, o volume saltou para 393 milhões de litros, representando um crescimento de 38% em relação ao ano anterior. Para 2023, a previsão é que o país alcance a marca de 480 milhões de litros vendidos, o que representará um aumento anual de 24%.

Apesar do crescimento, as cervejas sem álcool ainda possuem uma participação relativamente pequena no consumo total de cerveja. Mesmo que a projeção de um novo crescimento de dois dígitos em 2023 se concretize, essas bebidas representarão apenas 3% dos 16,1 bilhões de litros previstos para o mercado cervejeiro brasileiro no ano.

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Cerveja zero mais cara 

A cerveja sem álcool geralmente é um pouco mais cara do que a versão com teor alcoólico. O preço base de uma lata de Estrella Galicia zero é de R$ 5,50, o que representa um acréscimo de R$ 0,50 em comparação com a versão com álcool. Já a Heineken oferece ambas as opções pelo mesmo preço: R$ 5,29 por lata. No entanto, o valor da compra pode variar de acordo com o estabelecimento.

O preço mais alto é justificado pelos custos adicionais de produção. Durante o processo de fabricação, há a etapa de remoção do álcool, que requer mais equipamentos e tecnologia.

O analista sênior de pesquisa em bebidas, tabaco e cannabis da Euromonitor, Rodrigo de Mattos, ouvido pelo portal UOL, avalia que a cerveja sem álcool acaba sendo um peso no bolso da geração Z, que possui menos poder de compra em comparação com outras faixas etárias.

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Fonte: JC Concursos