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Dando continuidade aos temas de Redes de Computadores, uma das áreas mais clássicas e técnicas da Tecnologia da Informação (TI), vamos falar hoje de armazenamento Direct Attached Storage (DAS), Network Attached Storage (NAS) e Storage Area Network (SAN).

Neste artigo, você vai conhecer as populares formas de armazenamento adotadas pelo mercado, que continuam sendo utilizadas e caindo em prova, apesar do crescimento da nuvem. Para quem já conhece, terá a oportunidade de relembrar os conceitos (afinal, recordar é viver). Veja o roteiro de hoje:

  • Conceitos de Armazenamento
  • Armazenamento DAS
  • Armazenamento NAS
  • Armazenamento SAN
  • Quadro Comparativo

Como quase todo assunto de Redes de Computadores, o artigo de hoje é bem técnico e direcionado aos concurseiros de TI. Porém, sabemos que há pessoas que acompanham os nossos trabalhos e apreciam os artigos. Fique à vontade se quiser permanecer, pois você é sempre bem-vindo por aqui.  

Este artigo foi elaborado em formato reduzido, de forma que a leitura seja dinâmica e traga bastante conteúdo em poucos minutos. Bom, chega de papo “furado” e vamos começar.

Tempo de leitura aproximada: 5 a 10 minutos

Armazenamento é relativamente conhecido, pois é um contexto que está presente no dia a dia das pessoas em geral. Basicamente, armazenar é guardar, salvar dados e informações em algum dispositivo. Um Solid-State Drive (SSD), por exemplo, é um desses dispositivos.

Mas o que armazenar? O armazenamento de que falamos aplica-se a arquivos: desde documentos de usuários até configurações responsáveis pelo funcionamento do sistema operacional (para simplificar, pense no Windows, por exemplo).

Atualmente, existem duas macrodivisões no mundo do armazenamento: físico e nuvem. O armazenamento físico é o mais clássico, existente desde os primórdios. Nessa categoria, você salva os dados em um dispositivo físico, cujo gerenciamento está ao seu alcance.

Vale ressaltar que o armazenamento em nuvem também envolve um dispositivo físico. Porém, diferentemente do anterior, ele é gerenciado por uma empresa contratada fora de seu alcance. Ou seja, a nuvem é uma forma de terceirização desse armazenamento.

Embora a nuvem faça o maior sucesso, o armazenamento físico ainda é muito forte no serviço público. Por esse motivo, as bancas de concurso continuam cobrando esse assunto.

As principais arquiteturas de armazenamento físico cobradas nas provas são DAS, NAS e SAN. A nossa missão de hoje é falar brevemente sobre cada uma delas. Continue com a gente, porque o artigo de hoje é para os fortes e está só começando.

Antes de mais nada, DAS é um sistema de armazenamento conectado diretamente a um computador ou servidor, de forma local. Em outras palavras, ele dispensa o uso de conexão via rede.

Você Sabia? Quem faz essa ponte entre o servidor e o DAS é uma interface chamada Host Bus Adapter (HBA). Como a própria tradução do nome diz, ele funciona como um adaptador. Alguns exemplos de HBA são SCSI, SATA, fibre channel etc.

Uma característica bem marcante do DAS é que ele não possui sistema operacional próprio. Ou seja, ele utiliza o sistema operacional instalado no computador ou servidor para operar.  

Outra característica significativa refere-se à transmissão dos dados. No sistema de armazenamento DAS, a leitura e gravação dos dados ocorre por blocos (e não por arquivos).

Normalmente, os exemplos clássicos de DAS que os professores costumam citar são dispositivos de armazenamento que utilizamos no nosso dia a dia, tais como discos portáteis (HDs Externos) e pen-drives. Ou seja, você provavelmente carrega um DAS consigo e nem sabia.   

Figura 1 – Exemplos de armazenamento DAS (pen-drive à esquerda e HD Externo à direita).
Figura 1 – Exemplos de armazenamento DAS (pen-drive à esquerda e HD Externo à direita).

Diferentemente do DAS, o NAS trabalha com armazenamento em rede. Ou seja, não depende de estar conectado diretamente a um computador ou servidor para operar. Veja que é uma solução mais independente, quando comparado ao DAS.

Outro sinal dessa autonomia é que o NAS possui o próprio sistema operacional instalado. Em outras palavras, não depende da utilização do sistema do servidor. Além disso, sua transmissão dos dados ocorre por meio de arquivos (não por blocos, como no DAS).  

Embora o NAS possua um nível de complexidade um pouco maior do que o DAS, tenha em mente que a solução possui diversos benefícios, tais como maior disponibilidade, escalabilidade, desempenho, além de mais facilidade no gerenciamento.

Figura 2 – Exemplo de NAS, estabelecendo a comunicação com 4 servidores e o array de discos RAID.
Figura 2 – Exemplo de NAS, estabelecendo a comunicação com 4 servidores e o array de discos RAID.

Momento Curiosidade: Se você ainda não conhece o conceito de RAID, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre o tema: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/desmistificando-redes-computadores-raid/.

De todas as arquiteturas apresentadas, o armazenamento SAN é o mais complexo e avançado. Ele é uma rede dedicada para o armazenamento, com uma área unificada para as requisições aos servidores. Ou seja, há uma ideia de zoneamento, como se fosse um domínio.

Semelhante ao DAS, o SAN também trabalha com blocos para a transmissão dos dados. Ou seja, não há que se pensar em arquivos como no armazenamento NAS, que vimos anteriormente.

SAN é uma arquitetura de armazenamento para prover desempenho. Por causa disso, normalmente trabalha com HBAs que oferecem maior velocidade, tais como fibre channel e iSCSI.

Além disso, SAN também contempla algumas estratégias de backup, entre elas nativo (fornecido gratuitamente para a rotina), infraestrutura (caráter emergencial) e serviço (contratação à parte). Esse recurso está alinhado com a segurança que a arquitetura promete.

Além do desempenho e da segurança, SAN oferece alta escalabilidade, com resultados superiores aos obtidos com a NAS. Atualmente, é a arquitetura mais procurada por empresas de médio a grande porte que desejam montar uma solução de armazenamento físico.  


Figura 3 – Exemplo de SAN, estabelecendo a comunicação entre 3 servidores pertencentes a uma Local Area Network (LAN) e 2 storages internos.
Figura 3 – Exemplo de SAN, estabelecendo a comunicação entre 3 servidores pertencentes a uma Local Area Network (LAN) e 2 storages internos (Fonte: Controle Net. Disponível em: https://www.controle.net/faq/san-storage-area-network. Acesso em: 26 mar. 2024).

Se você teve dificuldades até aqui, não se preocupe. O tópico de hoje não é tão simples mesmo. Pense assim: se está difícil para você, imagine para o concorrente… Para aliviar um pouco mais a jornada, preparamos um quadro comparativo para você fixar bem os conceitos.

DASNASSAN
Conceito-ChaveConexão direta a um computador ou servidor.Armazenamento em rede.Rede dedicada para o armazenamento.
Transferência de DadosBlocoArquivoBloco
Sistema Operacional PróprioNãoSimSim
ComplexidadeBaixaMédiaAlta
ZoneamentoNãoNãoSim (área unificada para requisição de servidores)
Estratégias de Backup na SoluçãoNãoNãoSim (nativo, infraestrutura e serviço)
HBAsA solução aceita os mais comuns no mercado (SCSI, SATA, fibre channel etc.).A solução aceita os mais comuns no mercado (SCSI, SATA, fibre channel etc.).A solução abrange os de maior velocidade (fibre channel, iSCSI).
Outras CaracterísticasDispositivos do dia a dia (HD Externos e pen-drives).Disponibilidade, escalabilidade, desempenho, facilidade de gerenciamento.Resultados superiores aos obtidos com as NAS. Arquitetura física mais procurada por empresas de médio a grande porte.  
Tabela 1 – Quadro comparativo de DAS, NAS e SAN.

Chegamos ao final desta publicação. Esperamos que o tópico de armazenamento DAS, NAS e SAN tenha ficado mais leve para você. Se achou difícil, aguarde alguns dias e leia o artigo de novo. Recomendamos também que não deixe de aprofundar o conteúdo por outros materiais.

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Não existe fórmula mágica para passar em concurso público. Independentemente da área que escolher, você terá sucesso com muito estudo e dedicação. Não desista, pois a sua hora vai chegar!

Bons estudos e até a próxima!

Cristiane Selem Ferreira Neves é Bacharel em Ciência da Computação e Mestre em Sistemas de Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de possuir a certificação Project Management Professional pelo Project Management Institute (PMI). Já foi aprovada nos seguintes concursos: ITERJ (2012), DATAPREV (2012), VALEC (2012), Rioprevidência (2012/2013), TJ-RJ (2022), TCE-RJ (2022) e CGE-SC (2022/2023). Atualmente exerce o cargo efetivo de Auditora de Controle Externo – Tecnologia da Informação no TCE-RJ, além de ser produtora de conteúdo dos Blogs do Estratégia Concursos, OAB e Carreiras Jurídicas.

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Fonte: Estratégia Concursos

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