Acesse o conteúdo completo – Concursos em Cargos Administrativos: porque fazer
Introdução
O objetivo deste texto é demonstrar de que forma concursos de cargos administrativos podem ser interessantes. Na Constituição Federal de 1988 (CF/88), o art. 39 estabelece o conceito de servidor público, bem como a lei n° 8429/1992 condiciona o alcance da responsabilização do agente público. Mas o foco desse artigo é analisar os cargos administrativos que estão no setor público.
Concursos de cargos administrativos são concursos em que os cargos a serem ocupados estão mais relacionados a processos operacionais de qualquer organização, como uma empresa, uma autarquia, uma fundação, empresa pública, sociedade de economia mista ou mesmo a própria administração direta (o aparelho estatal encarregado da administração do governo).
Para exemplificar, de forma didática, toda organização possui seus processos-fins, que estão relacionados às finalidades essenciais de toda e qualquer organização. Um hospital público existe para prestar cuidados médicos diversos. Suas atividades essenciais envolvem exames, primeiros socorros, cirurgias, cuidado intensivo, terapias em geral e outros. Cargos como médicos, cirurgiões e enfermeiros executam funções essenciais do funcionamento do hospital, portanto, são cargos em processos-fim.
Por outro lado, hospitais também precisam monitorar insumos hospitalares (entradas, saídas e estoques), precisam administrar entradas e saídas de pacientes, manter o hospital funcionando mesmo em períodos em que podem ocorrer panes elétricas, ou outras ocorrências capazes de interromper o funcionamento normal do estabelecimento.
Existem também cargos administrativos em autarquias como o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), cuja função principal é gerir os serviços da previdência social aos segurados do Regime Geral de Previdência Social no Brasil. Uma autarquia como o INSS possui muitos médicos e enfermeiros a seu serviço, bem como peritos e analistas previdenciários. Mas também há tarefas operacionais – como controles de atendimento, suprimentos em geral, rotinas administrativas que exigem atenção, para manter a autarquia em funcionamento. Portanto, existem muitas oportunidades para buscar colocação para exercer um cargo administrativo. Em seguida, serão expostas algumas razões para a busca desses cargos.
O Cargo Administrativo como um trampolim
Existem pelo menos dois motivos para a busca por cargos administrativos. Um deles passa por uma estratégia de compreender que a trajetória do concurseiro não é exatamente uma linha reta – o que possibilita algumas correções de rota, enquanto não se consegue a tão almejada aprovação.
Concursos são processos em que a competição é bastante acirrada, de forma que muitos conseguem até boas notas, mas não alcançam as vagas. Existem por exemplo concursos como o último ISS de São Paulo (capital, 2023), em que havia cerca de 50 vagas para mais de 9 mil inscritos. Em maior ou menor grau, a disputa é muito elevada.
Compreendendo que a meta de ser aprovado deve ser tentada em um intervalo de tempo que normalmente é de médio a longo prazo, uma estratégia que pode ser tentada é a de considerar um concurso como um trampolim. Dessa maneira, busca-se um concurso que seja menos difícil, que exija menos conhecimentos, mas que possibilite uma entrada e que, ao mesmo tempo, dê possibilidades de continuar estudando.
Geralmente, com raras exceções, cargos administrativos não envolvem elevados esforços, jornadas extenuantes ou trabalhos que demandem alta capacidade analítica. São funções que pressupõem profissionais com conhecimentos gerais e que possam manter áreas de apoio funcionando, enquanto as áreas principais executam suas funções essenciais. Ou seja, é possível dedicar-se a fazer um bom trabalho, gerir o fluxo, e aproveitar qualquer folga ou intervalo para estudar para uma função superior ou de especialista.
O Cargo Administrativo como uma passagem para conhecer uma área
Outro motivo para buscar um cargo administrativo também se relaciona com a dificuldade comparativamente menor de aprovação, mas temperada com um certo teor de prudência: muitas vezes uma pessoa não sabe se gostaria de trabalhar em determinada área, sendo que muitos cargos administrativos possibilitam uma proximidade com essas áreas fins, ou áreas em que uma determinada expertise é fundamental.
Dessa forma, um cargo administrativo permite que o concurseiro veja, analise, busque informações sobre áreas de especialidades próximas de onde ele está – possibilitando uma boa sondagem, para que ele possa pensar bastante sobre qual caminho seguir. Se ele gostar de uma área ou especialidade, ele pode usar seu tempo livre para estudar e tirar dúvidas com os profissionais das áreas fins.
O importante aqui é ressaltar que nem sempre somente as áreas fins possuem profissionais especializados. Num órgão de controle, como uma controladoria, ou mesmo em um tribunal de contas, áreas como auditoria também podem ser escolhas interessantes.
Ou, para citar outro exemplo, na polícia federal: existem cargos de peritos que oferecem boas possibilidades de trabalho, sem serem áreas fim (não é a polícia propriamente dita), mas também não são necessariamente administrativos. O interessante é ficar atento às oportunidades, pois às vezes há a necessidade de um trabalho administrativo de apoio ou suporte a essas outras áreas – o que permite interação e troca de informações.
Nessa interação, tudo depende da reciprocidade. Mas é possível conseguir se informar e usar essa informação para direcionar a carreira em outro sentido. De qualquer forma, um cargo administrativo pode parecer pouco, à primeira vista. Mas tudo depende de quão longe se quer ir no mundo dos concursos públicos.
Ricardo Pereira de Oliveira
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Fonte: Estratégia Concursos