Mais de 5 milhões de jovens sofrem com o desemprego, aponta estudo

Um levantamento inédito realizado pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, traz dados preocupantes sobre a empregabilidade dos jovens no Brasil

Dos 207 milhões de habitantes do país, 17% correspondem a jovens entre 14 e 24 anos, e desses, 5,2 milhões estão desempregados, representando 55% do total de desempregados no país, que chega a 9,4 milhões.

Entre os jovens desocupados, 52% são mulheres e 66% são negros ou pardos. Além disso, há um grupo chamado de “nem-nem”, que engloba aqueles que não trabalham nem estudam, totalizando 7,1 milhões de jovens nessa situação, sendo que 60% são mulheres, muitas delas com filhos pequenos, e 68% são negros ou pardos.

De acordo com a pesquisa “Empregabilidade Jovem Brasil”, apresentada em um evento no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) em São Paulo, no primeiro trimestre de 2023, 23% das jovens mulheres ocupadas e 37% dos jovens homens ocupados não concluíram o ensino médio.

A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, ouvida pela Agência Brasil, explica que no Brasil existem 35 milhões de jovens entre 14 e 24 anos. No entanto, observa-se que muitos desses jovens, tanto os empregados quanto os desempregados, ainda não concluíram o ensino médio.

Ela ressalta que essa credencial é fundamental para obter empregos de melhor qualidade ou ingressar em cursos que proporcionem um maior conhecimento e habilidades, visando a conquista de posições de trabalho mais promissoras. 

Além disso, 38% das jovens desocupadas e 46% dos jovens desocupados não concluíram essa etapa de ensino. Apenas 9% das jovens ocupadas e 5% dos jovens ocupados possuem ensino superior.

No que diz respeito às ocupações, a pesquisa revela que 86% dos jovens ocupados possuem empregos com poucos desafios, enquanto 14% (2,2 milhões) estão envolvidos em atividades técnicas, culturais ou relacionadas à informática e comunicações. Um ponto em comum entre essas ocupações é a informalidade, que atinge 51% das mulheres e 56% dos negros ou pardos.

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Saiba ocupações mais frequentes 

As informações revelam ainda que as 15 ocupações mais comuns abrangem cerca de 1,3 milhão de jovens. Entre essas ocupações estão vendedores por telefone, vendedores, trabalhadores da construção, motociclistas, cuidadores de animais e ajudantes de cozinha, entre outros. Além disso, outras 15 ocupações tiveram um aumento superior a 60% entre 2020 e 2022, envolvendo cerca de 300 mil jovens. Essas ocupações incluem atividades técnicas, culturais, informática, comunicações, entre outras.

De acordo com o levantamento, em 2022, havia aproximadamente 500 mil aprendizes na faixa etária de 14 a 24 anos. Dentre eles, 57% estavam na faixa etária de 14 a 17 anos completos, enquanto 42% tinham entre 18 e 24 anos. 

Desse total de aprendizes, 86% estavam inseridos nas 15 ocupações mais comuns. Já em relação aos estagiários, o número era de 642 mil, sendo que 70% deles estavam nos órgãos executivos e legislativos de estados e municípios.

*Com informações da Agência Brasil 

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Fonte: JC Concursos

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