O Metrô de São Paulo anunciou, nesta terça-feira (24), a demissão de cinco operadores de trem da companhia por causa da paralisação de trabalhadores ocorrida no feriado de 12 de outubro, na capital paulista. A companhia informou que não descarta novas punições.
A decisão do Metrô foi criticada pelo Sindicato dos Metroviários, que considera as demissões injustas e uma retaliação às ações dos trabalhadores. O sindicato convocou nova assembleia da categoria para esta quarta-feira (25), às 18h30.
Em nota, o Metrô informou que promoveu as demissões “em função de faltas graves durante a paralisação surpresa”. A companhia alega que a paralisação foi feita de surpresa, sem aviso prévio, “privando a população de serviço essencial”. O Metrô diz que sua decisão é baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicariam “conduta irregular dos nove profissionais”.
Sindicato afirma que os nove empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas
Segundo o Metrô, a paralisação no dia 12 de outubro prejudicou os serviços em 49 estações, com interrupção total nas linhas 1-Azul, 3-Vermelha e 15-Prata e operação com velocidade reduzida na Linha 2-Verde. Em nota à imprensa, o Sindicato dos Metroviários disse, na ocasião, que a paralisação do dia 12 ocorreu por advertências aplicadas em retaliação à greve do dia 3 de outubro.
O sindicato afirma que os nove empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas por outros três empregados da Linha 2-Verde. “É importante destacar que tais advertências não implicavam em demissão ou redução de salários”, diz nota do Metrô.
O Sindicato dos Metroviários considera as demissões injustas e uma retaliação às ações dos trabalhadores. “Após nenhuma devolutiva da negociação sobre as advertências dos operadores de trem, fomos surpreendidos por oito demissões e uma suspensão de trabalhadores do Metrô, entre eles, diretores do sindicato, inclusive o vice-presidente da entidade”, diz a nota do sindicato.
“Entendemos que essa atitude intempestiva, arbitrária e antissindical é uma tentativa de enfraquecer uma categoria que está na linha de frente da luta contra o projeto do governador de privatizar todos os serviços públicos”, acrescenta o texto.
A nova assembleia da categoria deve discutir as demissões e as advertências aplicadas aos trabalhadores. O sindicato também deve avaliar a possibilidade de novas medidas de mobilização, como greves ou paralisações.
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