Nesta segunda-feira (14), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a demissão dos três policiais rodoviários federais acusados da morte de Genivaldo de Jesus durante uma abordagem em Sergipe, no mês de maio de 2022.
Dino enfatizou que o objetivo é preservar a integridade das ações policiais e a segurança da população. “Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas. Estamos trabalhando com estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a lei, melhorando a segurança de todos”, declarou o ministro em comunicado compartilhado nas redes sociais.
O ministro também comunicou que determinou a revisão dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal para identificar e corrigir possíveis falhas, visando garantir que tais incidentes não ocorram novamente.
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Três policiais envolvidos foram inicialmente afastados das funções
O caso em questão envolve a morte de Genivaldo de Jesus durante uma ação policial em maio de 2022. Imagens divulgadas na internet mostraram o momento em que Genivaldo foi trancado em uma viatura com fumaça na BR-101, no município de Umbaúba, Sergipe. A vítima lutou para sair do veículo enquanto um dos policiais manteve a tampa do porta-malas abaixada, impedindo sua saída e respiração.
O homem havia sido parado por agentes por estar dirigindo uma moto sem capacete. Conforme o Instituto Médico Legal (IML) do estado, Genivaldo morreu devido à insuficiência aguda resultante de asfixia. Os três policiais envolvidos foram inicialmente afastados de suas funções e posteriormente presos. Eles estão enfrentando acusações de tortura e homicídio triplamente qualificado.
Um ano após a trágica morte de Genivaldo, a Polícia Rodoviária Federal introduziu o Projeto Estratégico Bodycams. O projeto prevê a utilização de câmeras corporais nos uniformes dos agentes a partir de abril de 2024. Aproximadamente 6 mil agentes, metade da força policial, deverão utilizar os equipamentos.
Os testes práticos estão programados para começar em novembro, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com o objetivo de aprimorar a transparência e a prestação de contas nas ações policiais.
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