Mulher careca? Conheça a Alopecia Areata, doença que gera queda de cabelo em mulheres

A alopecia areata, uma doença autoimune que provoca a queda de cabelo em mulheres, desafio que muitas enfrentam em silêncio. Hoje, trazemos relatos de três mulheres corajosas que decidiram compartilhar suas experiências pessoais com essa condição, conforme divulgou a Agência Brasil.

A dermatologista e tricologista Patricia Damasco alerta para a importância do diagnóstico precoce. Ela explica que a doença é caracterizada pelo ataque autoimune aos folículos capilares, e o tratamento pode variar de acordo com a gravidade.

O diagnóstico precoce é fundamental, pois ajuda a controlar a perda de cabelo e aumenta as chances de regeneração capilar. Muitas vezes, o paciente não percebe a queda de cabelo, e é importante procurar um dermatologista ao notar qualquer área de falha.

A alopecia areata é um desafio emocional e físico para muitas mulheres, mas histórias como as de Lídia, Lolla e Yasmin, contadas a seguir, demonstram que a aceitação e a coragem podem ser poderosas aliadas na luta contra essa condição.

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Lídia Rodrigues: educação e arte como ferramenta de superação

Lídia Rodrigues, educadora social e artista de 36 anos, lembra quando recebeu o diagnóstico da doença em 2010. Naquela época, vivendo um relacionamento abusivo e sem saber que também tinha transtorno do espectro autista, o estresse teve um impacto físico, e seus cabelos começaram a cair.

Ela iniciou um tratamento à base de corticoides, que a deixou inchada, e decidiu raspar completamente a cabeça. Hoje, Lídia abraça sua identidade como uma mulher careca, encarando a alopecia como uma parte de quem ela é.

Lolla Angelucci: a jornada de aceitação

Lolla Angelucci, ilustradora de 43 anos, enfrenta a alopecia areata desde a infância, mas a perda de cabelo se tornou mais acentuada quando completou 18 anos. Sua mãe procurou tratamentos caros e especialistas, mas Lolla acabou deixando de usar perucas, optando por aceitar sua aparência.

Ela se sente bonita careca e desafia as normas de beleza, recusando-se a ceder à pressão de se encaixar em um padrão estabelecido por outras pessoas. “Eu me gostava careca. Olhava no espelho e me achava bonita. O resto do mundo não achava, mas, como eu achava, estava bem”, relata.

Porém, esse processo não foi fácil. “Meus professores de faculdade vinham perguntar por que eu não estava mais usando peruca. Uma mulher fora do padrão que se sente confortável na própria pele causa estranhamento. E as pessoas eram meio agressivas. Como se eu tivesse obrigação de alterar a minha aparência para o que fosse agradável para o outro, não pra mim”, frisa.

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Yasmin Torquato: enfrentando a depressão com coragem

Yasmin Torquato, influenciadora digital de 28 anos, enfrentou um diagnóstico tardio de alopecia areata, o que desencadeou uma batalha contra a depressão. Após seis meses de incertezas e visitas a vários médicos, ela finalmente recebeu um diagnóstico.

“Foi um choque pra mim, mas, ao saber do diagnóstico, fiquei um pouco mais tranquila, pelo menos por saber que não era uma doença contagiosa ou uma doença terminal. Esses são os maiores medos que a gente sente ao saber que está doente”, conta.

Yasmin decidiu raspar a cabeça, e seu cabelo começou a crescer novamente, mas uma crise de sinusite agravou sua condição para alopecia universal, fazendo com que ela perdesse os cílios, sobrancelhas e pelos do corpo todo. No entanto, ela permanece forte e continua a compartilhar sua jornada para inspirar outras pessoas.

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Fonte: JC Concursos

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