O Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (7) que a taxa de juros das concessões de crédito caiu 0,2 ponto percentual em setembro, para 30,5% ao ano. O resultado representa a quarta queda consecutiva, mas o patamar ainda é elevado, acima do nível pré-pandemia.
Em maio, a taxa chegou ao pico de 32,3% ao ano. Nos 12 meses encerrados em setembro, o crescimento foi de 1,5 ponto percentual. Já nos 12 meses encerrados em agosto, a alta foi de 7,6 pontos percentuais.
O comportamento dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, também vem sendo reduzida. A Selic é o principal instrumento do BC para controlar a inflação.
Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas. Diante disso, na semana passada o BC cortou os juros pela terceira vez no semestre, para 12,25% ao ano, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.
Até o fim do ano, a previsão dos analistas é que a Selic caia para 11,75%. Com isso, a taxa de captação dos bancos (o quanto é pago pelo crédito) vem recuando. Desde abril, ela está em queda e ficou em 9,3% em setembro.
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Redução de juros do cartão de crédito
No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, os juros caíram 4,4 pontos percentuais, para 441,1% ao ano. No entanto, essa modalidade ainda é uma das mais altas do mercado.
Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros reduziram 0,8 ponto percentual, para 193,8% ao ano.
Também influenciou a redução dos juros para as famílias a taxa do crédito pessoal não consignado, que caiu 1,3 ponto percentual, para 91,3% ao ano. Por outro lado, os juros do cheque especial tiveram alta de 2,8 pontos percentuais, para 134,4% ao ano.
No crédito direcionado, que é aquele regulamentado pelo governo, a taxa média para pessoas físicas ficou em 11% ao ano, redução de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior. Para as empresas, a taxa subiu 0,7 ponto percentual, para 11,4% ao ano.
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