A Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (08), deteve dois indivíduos suspeitos de envolvimento em possíveis atividades terroristas no Brasil. As detenções, que aconteceram em São Paulo, foram temporárias e as identidades dos suspeitos permanecem anônimas.
De acordo com o Valor Econômico, os detidos estavam associados ao Hezbollah, um grupo terrorista, e tinham planos de atacar edifícios da comunidade judaica no Brasil. As detenções foram parte da Operação Trapiche, que também está investigando se os suspeitos estavam recrutando outros para realizar atos extremistas.
Foram emitidos dois mandados de prisão e 11 de busca e apreensão: sete em Minas Gerais, três no Distrito Federal e um em São Paulo. Os mandados foram emitidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte.
Se as suspeitas forem confirmadas, os suspeitos serão acusados de formar ou fazer parte de uma organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, crimes previstos na Lei de Terrorismo (Lei nº 13.260, de 2016). Esses crimes são considerados hediondos e inafiançáveis, e a pena, a ser cumprida em regime fechado, não depende de condenação definitiva (trânsito em julgado). As penas somadas podem chegar a 15 anos e seis meses de prisão.
Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, declarou que a operação da PF é preventiva, baseada em uma “hipótese”. Ele reiterou o compromisso do Brasil, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de combater o terrorismo, inclusive no âmbito criminal. Dino fez essas declarações durante a assinatura de um acordo de cooperação técnica no Rio de Janeiro para a criação do Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos (Ciifra), que visa cortar as fontes de renda do crime organizado.
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