Durante o mês de agosto, o preço da cesta básica de alimentos experimentou uma redução notável em 16 capitais, quando comparado com o mês de julho. As quedas mais significativas ocorreram em Natal (5,2%), Salvador (3,3%), Fortaleza (2,8%), João Pessoa (2,7%) e São Paulo (2,7%).
A única exceção foi Brasília, onde houve um leve aumento de 0,3%. Esses dados foram revelados nesta quarta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza uma pesquisa mensal sobre os preços dos itens da cesta básica em 17 capitais brasileiras.
Porto Alegre liderou como a capital com o maior custo para a cesta básica de alimentos, atingindo R$ 760,59, seguida por São Paulo (R$ 748,47), Florianópolis (R$ 743,94) e Rio de Janeiro (R$ 722,78). Por outro lado, os preços mais baixos foram encontrados em Aracaju (R$ 542,67), João Pessoa (R$ 565,07) e Salvador (R$ 575,81).
Ao comparar os preços da cesta básica de agosto com o mesmo mês de 2022, observamos uma redução em nove capitais, variando entre 5,24% em Vitória e 0,08% em Curitiba. Por outro lado, oito cidades experimentaram aumento nos preços, com destaque para Fortaleza (2,50%), Porto Alegre (1,67%) e Belo Horizonte (1,23%).
Considerando o acumulado dos oito primeiros meses do ano até agosto, o custo da cesta básica caiu em 12 capitais, com as maiores reduções em Vitória (9,32%), Goiânia (8,96%), Belo Horizonte (7,22%) e Campo Grande (7,06%). As maiores elevações ocorreram em Aracaju (4,15%) e Recife (2,77%).
Com base na cesta mais dispendiosa, que em agosto foi a de Porto Alegre, o Dieese estima que, de acordo com a constituição, o salário mínimo necessário deveria ter sido de R$ 6.389,72 no oitavo mês do ano, o que equivale a 4,84 vezes o valor do salário mínimo vigente, que era de R$ 1.320.
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Veja produtos em queda
Os preços de alimentos essenciais apresentaram um cenário variado nas 17 capitais onde foram realizadas as pesquisas. O leite integral e a batata experimentaram quedas de preço em todas essas cidades.
O feijão carioquinha registrou redução em todos os locais onde foi avaliado, abrangendo as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo. O feijão tipo preto teve uma diminuição de preço em três das cinco capitais onde foi objeto de análise. Além disso, a carne bovina de primeira e o tomate também apresentaram quedas de preço, abrangendo 14 das 17 capitais analisadas.
Por outro lado, o pão francês viu seus preços subirem em 11 das 17 cidades pesquisadas. Da mesma forma, o arroz agulhinha teve um aumento de preço em 12 das 17 capitais analisadas.
Essa dinâmica de preços em alimentos essenciais reflete a complexidade do mercado e os diversos fatores que influenciam os custos e disponibilidade desses produtos em diferentes regiões do país.
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