Os sindicatos devem voltar a ganhar força política e econômica no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendeu nesta quarta-feira (20) em Nova York, nos Estados Unidos, o fortalecimento de sindicatos e a elaboração de regras para disciplinar a relação de trabalhadores com as plataformas digitais.
A declaração de Lula ocorreu durante pronunciamento ao lado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e após uma reunião com o chefe de estado americano. O petista ainda ressaltou que as pessoas estão enganadas ao pensar que um sindicato fraco pode gerar mais ganhos para os empresários e o país.
Segundo ele: “Não há democracia sem sindicato forte. Porque o sindicato é efetivamente quem fala pelo trabalhador para tentar defender os seus direitos”, destacou publicação do G1.
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Parceria entre Brasil e EUA
Lula e Biden anunciaram conjuntamente na quarta-feira a apresentação de um documento intitulado “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras” (saiba mais detalhes aqui). Este plano abrange uma série de medidas destinadas a fomentar discussões sobre a melhoria das condições dos trabalhadores.
Durante seu discurso ao lado do Presidente Biden, o líder petista também revelou estar envolvido em negociações para estabelecer uma política de trabalho “digna” com o objetivo de “aperfeiçoar a qualidade de vida” dos empregados, especialmente aqueles que prestam serviços em plataformas digitais, em meio ao avanço da inteligência artificial.
Lula explicou: “Iniciamos um processo de diálogo, envolvendo o governo e empresários. Esta iniciativa visa não apenas criar oportunidades de emprego digno para aqueles que enfrentam condições precárias nas plataformas de serviços, mas também a possibilidade de estabelecer um novo paradigma para as relações entre capital e trabalho no século 21, com uma abordagem mais civilizada.”
Documento destaca importância do papel dos trabalhadores
O documento “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras” ressalta a importância do papel central dos trabalhadores em um mundo sustentável, democrático, equitativo e pacífico.
A declaração enfatiza que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil compartilham o entendimento e o compromisso de abordar questões críticas relacionadas à desigualdade econômica e de salvaguardar os direitos dos trabalhadores.
De acordo com o documento, a promoção do trabalho digno é essencial para alcançar os objetivos estabelecidos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
O texto também destaca a preocupação compartilhada pelas duas nações em relação aos impactos da digitalização das economias e ao uso crescente da inteligência artificial no mundo do trabalho.
O Presidente Lula revelou, em uma entrevista após o anúncio da declaração conjunta, sua intenção de propor a construção de um pacto multilateral sobre o tema do trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores em fóruns internacionais no qual o Brasil participe.
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