As vendas dos supermercados registraram crescimento de 3,09% em 2023 na comparação com o ano anterior, segundo levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quarta-feira (24).
O resultado foi impulsionado por dois fatores principais: a inflação menor dos preços dos alimentos para consumo no domicílio e o aumento da renda das famílias.
Em dezembro, o setor teve alta de 10,73% em comparação com o mesmo mês de 2022. Este resultado foi ainda mais positivo devido à forte base de comparação, já que dezembro de 2022 foi um mês de grande aumento da inflação.
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Saiba todos os fatores
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, ouvido pela Agência Brasil, destaca que a menor inflação dos alimentos para consumo no domicílio foi um fator essencial para o crescimento do consumo das famílias ao longo do ano.
“A inflação dos alimentos fora do lar, por outro lado, foi mais alta, o que levou as famílias a optarem por preparar mais refeições em casa”, afirma o representante da associação.
Outro fator positivo para o setor foi a queda no desemprego, que atingiu 11,1% em dezembro de 2023. Com mais pessoas empregadas, as famílias têm mais renda para gastar.
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Veja projeções
Para este ano, a Abras projeta crescimento de 2,5% nas vendas do setor. Milan, acredita que o controle da inflação, o reajuste do salário mínimo acima da inflação oficial e o pagamento do abono salarial do PIS/Pasep 2024 devem impulsionar o consumo nos próximos meses.
O controle da inflação é um dos principais fatores que devem contribuir para o crescimento das vendas dos supermercados em 2024. Em 2023, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano em 10,06%. Para 2024, a projeção do Banco Central é de inflação de 5,2%.
O reajuste do salário mínimo também deve contribuir para o crescimento das vendas dos supermercados. O pagamento do abono salarial do PIS/Pasep também deve contribuir para o crescimento das vendas dos supermercados.
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