Vacinação gratuita contra HPV é vetada por Tarcisio nas escolas de SP

O Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vetou o projeto que propunha a implementação de um Calendário Estadual de vacinação gratuita contra o HPV, o papilomavírus humano, nas escolas do estado. A medida tinha como objetivo a prevenção do HPV entre os estudantes paulistas, com início previsto para o mês de março de cada ano.

O HPV, um grupo de vírus que abrange mais de 100 tipos, com 14 deles sendo identificados como cancerígenos, representa um sério risco à saúde, sendo responsável por uma parcela significativa dos casos de câncer do colo do útero em todo o mundo. A imunização, recomendada antes do início da vida sexual, é amplamente considerada como a forma mais eficaz de prevenir a infecção.

A decisão de vetar o projeto foi fundamentada pelo governo, que afirmou que as ações propostas já estão sendo executadas no âmbito estadual, seguindo as diretrizes do Plano Nacional de Imunizações (PNI), estabelecido pelo Ministério da Saúde. Segundo informações oficiais, cerca de 5 mil unidades de saúde em todo o estado já aplicam a vacina, direcionada às meninas entre 9 e 14 anos e meninos de 9 e 10 anos.

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Vacinação gratuita contra HPV: cobertura está abaixo

Para alcançar a imunidade adequada, é necessário receber, no mínimo, duas doses da vacina. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que uma cobertura vacinal é considerada alta quando atinge 80% da população-alvo completando o esquema vacinal.

No entanto, as estatísticas atuais no estado de São Paulo revelam que a cobertura vacinal para o HPV ainda não atingiu esses níveis desejados. Para as meninas, a cobertura para a primeira dose está em torno de 78%, enquanto a segunda dose fica abaixo de 60%.

Já entre os meninos, a cobertura da primeira dose é inferior a 60%, e a segunda dose está abaixo de 40%. Estes números representam o acumulado dos últimos seis anos de vacinação entre as meninas e os últimos quatro anos entre os meninos.

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Além da vacinação, o projeto vetado por Tarcísio de Freitas incluía outros três eixos de atuação:

  • campanhas de conscientização para a prevenção de casos
  • diagnóstico
  • tratamento

No Brasil, são diagnosticados aproximadamente 17 mil casos de câncer de colo do útero anualmente, resultando em cerca de 5 mil mortes por ano em decorrência da doença.

A deputada Estadual Marina Helou, uma das autoras do projeto de lei, lamentou a decisão do governo, afirmando que “o Governo de São Paulo perdeu a oportunidade de adotar uma política pública que amplia o combate ao HPV no Estado.”

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Fonte: JC Concursos

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