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A Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC é um dos tópicos mais abordados em provas de contabilidade em concursos públicos. Conhecê-la a fundo é essencial para compreender a saúde financeira de uma entidade, seja ela pública ou privada, além de ser uma exigência de normas contábeis modernas.
A DFC é uma demonstração contábil que apresenta as entradas e saídas de caixa de uma entidade em um determinado período. Seu objetivo principal é mostrar como as operações, os investimentos e os financiamentos influenciam o saldo de caixa.
É estruturada em três atividades principais: atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento. Essa classificação é essencial para compreender a origem e a aplicação dos recursos financeiros de maneira segmentada e objetiva.
As atividades operacionais abrangem os fluxos de caixa diretamente relacionados à operação principal da entidade. Incluem recebimentos de vendas, pagamentos a fornecedores e despesas operacionais, sendo uma medida direta da eficiência das operações. Essa seção da DFC reflete os fluxos de caixa relacionados à compra e venda de ativos de longo prazo, como terrenos, imóveis e equipamentos. Em concursos, é comum que sejam cobrados exemplos de transações que compõem essa seção.
Os fluxos de caixa das atividades de financiamento dizem respeito à captação de recursos por meio de empréstimos, emissão de ações ou pagamento de dívidas. Para concursos, é importante compreender como essas transações afetam o caixa e o patrimônio líquido.
A elaboração da DFC segue as diretrizes do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) no Brasil, especialmente o CPC 03, que é espelhado na norma internacional IAS 7. Essa norma regulamenta a forma e o conteúdo da demonstração, e é frequentemente mencionada em provas.
Existem dois métodos para preparar a DFC: o direto e o indireto.
O método direto detalha todas as entradas e saídas de caixa, enquanto o indireto ajusta o lucro líquido para identificar o fluxo de caixa operacional. Ambos costumam ser cobrados em concursos.
O método direto é mais informativo, pois lista explicitamente as movimentações de caixa, como pagamentos a fornecedores e recebimentos de clientes. No entanto, é menos utilizado na prática devido à dificuldade de coleta de dados.
Já o método indireto ajusta o lucro líquido com base em itens como depreciações, variações de contas a receber e a pagar, e provisões. Esse método é mais comum devido à facilidade de sua elaboração com base em informações contábeis existentes.
Em provas, a DFC aparece em questões práticas, envolvendo cálculos e interpretações, bem como em questões teóricas, que exigem conhecimento das normas e conceitos fundamentais. Saber diferenciar entre os métodos e identificar cada tipo de atividade é essencial.
Exercícios sobre DFC podem incluir a análise de como um aumento nas contas a receber impacta o fluxo operacional ou como a compra de máquinas afeta o fluxo de investimento. Tais exemplos ajudam a fixar o aprendizado para os concursos.
Exemplos de cobranças em concursos:
IGEDUC – 2025 – Prefeitura de Calumbi – PE – Agente Administrativo
O Fluxo de Caixa é uma ferramenta essencial para a gestão financeira de uma empresa, pois fornece uma visão detalhada das entradas e saídas de recursos em um período específico. Assinale a alternativa que descreve corretamente um dos principais objetivos da Demonstração de Fluxo de Caixa.
A) Identificar a liquidez da empresa, demonstrando a capacidade de gerar caixa suficiente para cobrir suas obrigações de curto e longo prazo.
B) Avaliar a rentabilidade da empresa ao longo do período, considerando apenas as receitas e despesas operacionais.
C) Demonstrar os ativos e passivos da empresa, com foco apenas nos investimentos de longo prazo.
D) Registrar os lucros obtidos pela empresa durante o período, sem considerar as movimentações financeiras.
Gabarito: A.
A) Correta. Fluxo de Caixa tem como principal objetivo analisar a movimentação financeira da empresa, focando nas entradas e saídas de caixa. Ele é uma ferramenta para avaliar a liquidez da empresa, ou seja, sua capacidade de gerar recursos suficientes para honrar suas obrigações, sejam elas de curto ou longo prazo.
B) Incorreta. A rentabilidade é avaliada no Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), não no Fluxo de Caixa. Além disso, o Fluxo de Caixa inclui entradas e saídas de atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
C) Incorreta. Ativos e passivos são tratados no Balanço Patrimonial. O Fluxo de Caixa não foca apenas em investimentos de longo prazo, mas em todas as movimentações de caixa.
D) Incorreta. O lucro é registrado no DRE. O Fluxo de Caixa analisa as movimentações financeiras, independentemente de lucro ou prejuízo.
IMPARH – 2025 – CGM de Fortaleza – CE – Auditor de Controle Interno – Área 1 (Ciências Contábeis)
Uma empresa apresentou os seguintes dados financeiros referentes ao período encerrado:
– Recebimento de empréstimo bancário: R$ 500.000
– Amortização de empréstimo anterior: R$ 200.000
– Pagamento de dividendos aos acionistas: R$ 150.000
– Emissão de ações: R$ 300.000
– Depreciação acumulada no período: R$ 100.000
– Concessão de empréstimo a terceiros: R$ 100.000 Venda de ativo imobilizado: R$ 400.000
Com base no CPC 03 (R2), qual o valor do fluxo de caixa das atividades de financiamento?
A) R$ 450.000.
B) R$ 400.000.
C) R$ 300.000.
D) R$ 500.000.
Gabarito: A.
O cálculo do fluxo de caixa das atividades de financiamento inclui as entradas e saídas de caixa relacionadas ao financiamento da empresa, conforme o CPC 03 (R2). Vamos identificar os itens relevantes:
- Itens irrelevantes (não fazem parte das atividades de financiamento):
– Depreciação acumulada no período (R$ 100.000): É uma despesa não-caixa e não afeta o fluxo de caixa.
– Concessão de empréstimo a terceiros (R$ 100.000): Atividade de investimento.
– Venda de ativo imobilizado (R$ 400.000): Atividade de investimento.
- Cálculo do fluxo de caixa das atividades de financiamento:
Flux de caixa das atividades de financiamento = Recebimento de empréstimos – amortização de empréstimo – Pagamento de dividendos + Emissão de ações
Fluxo de caixa = 500.000 − 200.000 − 150.000 + 300.000 = 450.000
Ao estudar para concursos, priorize a leitura do CPC 03 (R2) e resolva questões anteriores. Familiarize-se com a interpretação de tabelas e com os cálculos básicos dos fluxos de caixa, pois são habilidades frequentemente testadas.
Convido você a seguir comigo nessa viagem pelo mundo da contabilidade, explorando sua história, conceitos, aplicações e inovações, além de praticarmos questões já cobradas pelas principais bancas de concursos.
Espero que a leitura deste e dos próximos artigos seja útil para sua jornada. Um abraço e até nosso próximo encontro!
Nayara Mota – Professora de contabilidade. Graduada em Ciências Contábeis em 2015 pela UNOESC, com especialização em Administração Pública pela UFRGS e em Contabilidade e orçamento público pela Universidade Metropolitana.
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Fonte: Gran Cursos Online