O Desenrola, programa especial de renegociação de dívidas do governo federal, está entrando em sua segunda fase, com cerca de 32,5 milhões de consumidores elegíveis. No entanto, para saber se suas dívidas foram contempladas nesta etapa, os devedores precisam estar atentos aos requisitos e prazos estabelecidos.
A grande novidade desta fase é que o acesso à plataforma de renegociação será concedido apenas aos consumidores que possuem uma conta de nível ouro ou prata no Portal Gov.br. Essa medida visa garantir uma identificação segura para acessar serviços públicos digitais. Os consumidores podem esperar que o acesso seja liberado durante esta semana ou no início da próxima.
Durante os dias 25 a 27 de setembro, ocorreram leilões de descontos que beneficiaram empresas que ofereceram os maiores abatimentos nas dívidas, com o apoio financeiro do Fundo Garantidor de Operações (FGO), mantido pelo Tesouro Nacional.
As empresas ofertaram um total de R$ 126 bilhões em descontos, resultando em um abatimento médio das dívidas de 83%. Esse valor superou significativamente as expectativas do governo, que esperava um abatimento médio de 58%.
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Segunda etapa do Desenrola tem como alvo consumidores com até dois salários mínimos
Os descontos oferecidos foram distribuídos da seguinte forma: R$ 59 bilhões para dívidas até R$ 5 mil e R$ 68 bilhões para dívidas entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Notavelmente, o lote que ofereceu o maior valor de desconto médio (96%) foi destinado a dívidas com empresas de cartão de crédito.
Embora 924 credores tenham aderido inicialmente ao programa Desenrola, apenas 709 atualizaram suas dívidas e 654 participaram dos leilões. As empresas credoras estão distribuídas em nove setores, abrangendo desde serviços financeiros até micro e pequenas empresas.
A segunda etapa do Desenrola tem como alvo consumidores que ganham até dois salários mínimos e estão com o nome negativado. Inicialmente, o programa visava renegociar dívidas de até R$ 5 mil, abrangendo 98% dos contratos na plataforma, totalizando R$ 78,9 bilhões.
No entanto, se a adesão não for suficiente, o limite individual das dívidas pode chegar a R$ 20 mil, abrangendo um montante de R$ 161,3 bilhões cadastrados pelos credores na plataforma.
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