A pequena cidade de Cândido Mendes, no Maranhão, viveu momentos de alvoroço nesta quarta-feira (4), quando o vereador Sababá Filho (PCdoB) protagonizou uma cena inusitada. Durante um longo discurso na Câmara de Vereadores, onde supostamente se preparava para renunciar ao cargo, o vereador surpreendeu a todos ao rasgar a carta de renúncia e alegar que recebeu uma oferta de R$ 300 mil do Prefeito Facinho (PL) para desistir do mandato.
O vídeo do momento se espalhou rapidamente pelas redes sociais, mostrando o vereador exibindo uma mochila repleta de dinheiro e expressando receio por sua própria segurança, mas decidido a não renunciar. Ele retirou as notas de dinheiro da mochila e arremessou na frente do prédio da Câmara dos Vereadores, atraindo a atenção e a disputa da população pelas cédulas que foram arremessadas.
Após o incidente, o parlamentar registrou formalmente a denúncia em um boletim de ocorrência na delegacia local. Em resposta, o prefeito Facinho emitiu uma nota pública negando categoricamente a suposta tentativa de suborno.
O valor, que seria de R$ 250 mil, tornou-se alvo de comentários e questionamentos na cidade, gerando ainda mais conflitos em meio à já tensa crise política vivida por Cândido Mendes. A cidade enfrenta uma série de probelmas entre o prefeito Facinho, seu grupo político na Câmara e os vereadores de oposição.
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Crise entre os políticos se intensificou após uma sessão extraordinária da Câmara em junho
A crise se intensificou após uma sessão extraordinária da Câmara, em junho, onde quatro vereadores da base do prefeito foram cassados por suposta quebra de decoro parlamentar. Eles alegaram que a cassação foi resultado de uma manobra realizada pela oposição para obter maioria na Câmara e cassar o prefeito.
Contudo, os vereadores cassados conseguiram um Mandado de Segurança na Justiça, anulando a decisão e permitindo o retorno aos cargos. A situação culminou com o recente pronunciamento do vereador de oposição, Sababá Filho, acusando o prefeito de lhe oferecer dinheiro para renunciar.
Em resposta, o prefeito Facinho (PL) negou qualquer contato com o vereador e anunciou que irá processá-lo por calúnia e difamação. A tensão política continua acentuada em Cândido Mendes, enquanto a cidade acompanha os desdobramentos dessa polêmica envolvendo a Câmara de Vereadores e a administração municipal.
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