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As provas objetivas do Concurso SPTC GO para o cargo de Perito Criminal de 3ª Classe foram aplicadas no último dia 27 de agosto de 2023. Com o gabarito preliminar divulgado pela banca, os candidatos do concurso da Superintendência de Polícia Científica do Estado do Goiás podem apresentar recursos até 30 de agosto de 2023.
A Prova Objetiva contou com 80 questões do tipo múltipla escolha e o edital oferta 52 vagas imediatas.
Veja abaixo os recursos SPTC GO elaborados por nossos professores do Gran.
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Confira abaixo os Recursos SPTC GO elaborados por nossa equipe de especialistas:
Para elaboração dos recursos SPTC GO, os professores utilizaram essa PROVA AQUI.
Ecologia e Meio Ambiente – Questão 54 – Henrique Breda Arakawa
GABARITO PRELIMINAR: D
GABARITO GRAN: B
ENUNCIADO DA QUESTÃO: Acerca dos padrões de endemismo, assinale a alternativa correta.
a) Os eventos de vicariância e de duplicação auxiliam na identificação de padrões de endemismo das espécies ancestrais e de suas espécies descendentes, pois eles não permanecem inalterados.
b) A extinção e a dispersão de salto explicam os padrões de endemismo.
c) O longo período de isolamento de uma área pode explicar o baixo grau de endemismo de sua biota.
d) A biogeografia de vicariância analisa padrões de endemismo usando cladística.
e) Neoendêmico é um tipo de endemismo que ocorre com uma espécie que sobreviveu, à dispersão, há muito tempo, em uma área protegida por barreiras físicas.
FUNDAMENTAÇÃO: Não se pode confundir Biogeografia Vicariante de Biogeografia Cladística. Apesar da vicariância ser importante para a Biogeografia Cladística, ela não é o principal elemento para este tipo de estudo da biogeografia. Sabe-se da importância da análise cladística para o estudo da biogeografia, como pode ser verificado no estudo de Hoffmeister (2014).
Segundo Hoffmeister (https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/129499/000941755.pdf?sequence=1, acessado em 28/08/2023), em seu estudo disserta que as áreas de endemismo identificadas devem ser vistas apenas como hipóteses de homologia biogeográfica primária, sendo que a a segunda etapa seria o teste das relações entre as áreas, com base na inclusão das relações cladísticas de táxons, com a finalidade de inferir as relações históricas entre as áreas (Morrone, 2001).
Entretanto, de acordo com Silvio Shigueo Nihei (apud Carvalho e Almeida – Biogeografia da América do Sul, ed. Roca, 2011), em 1978, Norman Platnick e Gareth Nelson propuseram um novo método de biogeografia histórica, o qual abriu caminho para o surgimento de uma nova escola biogeográfica, passando a ser denominada de Biogeografia Vicariante (p. ex., Nelson e Platnick, Nelson e Rosen, Wiley, entre outros). Porém, essa denominação era um tanto descabida, uma vez que a Síntese (Pan)biogeográfica de Croizat foi a pioneira tanto na idealização do processo de vicariância quanto na exemplificação e valoração da vicariância como fenômeno gerador dos padrões de distribuição. Como era de se esperar, o reconhecimento do equívoco veio pouco tempo depois. A denominação Biogeografia Cladística foi empregada deliberadamente no livro Cladistic Biogeography, de Christopher Humphries e Lynne Parenti, publicado em 1986.
Verifica-se, portanto que, mesmo com a importância da vicariância para a Biogeografia Cladística, não há consenso em considerar como sinônimos Biogeografia Cladística e Biogeografia de Vicariância. Logo, o item não está correto.
Dito isso, o único item correto, mesmo que não estando completo, é a letra B (A extinção e a dispersão de salto explicam os padrões de endemismo).
Os padrões de endemismo são explicados por diversos atributos, como: eventos de extinção, eventos de dispersão, formação de metapopulações, tamanho e forma do fragmento (biogeografia de ilha), grau de isolamento.
Avaliando a dissertação de Thais Kubik Martins (2011, https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-19042012-101419/pt-br.php, acessado em 28/08/2023), é possível observar como esses processos (extinção, dispersão de salto), estão relacionados à formação de padrões de endemismo em determinadas regiões.
Segundo Martins (2011), alterações antrópicas, como a perda e fragmentação de habitat, estão ligadas a um aumento nas taxas de extinção de espécies. Quando uma espécie enfrenta a perda de seu habitat original ou é isolada em fragmentos devido à atividade humana, isso pode levar à sua extinção local. Ou seja, se uma espécie não for capaz de se dispersar para novas áreas ou não encontrar recursos suficientes para sobreviver em seu habitat fragmentado, ela pode desaparecer de uma região específica, resultando na exclusividade dessa espécie para a região original, tornando-a endêmica dessa área.
Ainda, Martins (2011) faz uma análise da colonização de novas áreas distantes da área de origem por meio de meios não contínuos, como ilhas ou habitats isolados, utilizando-se assim do conceito de dispersão de salto. Segundo o estudo, quando uma espécie é capaz de colonizar uma nova área por meio de um evento de dispersão de salto, ela pode encontrar condições únicas nesse novo ambiente que promovem a sua diferenciação ao longo do tempo. Se essa espécie evolui em isolamento e acumula adaptações específicas para o novo ambiente, ela pode se tornar endêmica desse local. A falta de intercâmbio genético com populações de sua área de origem ou de outras áreas semelhantes pode resultar em uma linhagem distinta e endêmica.
Tanto a extinção quanto a dispersão são muito utilizados no estudo de Biogeografia de Ilhas de Robert MacArthur e Edward Wilson.
Portanto, a extinção local de espécies devido à fragmentação de habitat e a colonização de novas áreas por meio da dispersão de salto são dois processos que podem contribuir para a formação de padrões de endemismo. Espécies que são incapazes de colonizar novos habitats ou que enfrentam extinção em áreas específicas podem se tornar endêmicas no seu local de origem. Por outro lado, espécies que conseguem colonizar com sucesso novas áreas isoladas podem evoluir e se adaptar de maneira única a esses ambientes, levando ao desenvolvimento de endemismo nas regiões onde se estabeleceram.
Portanto a única alternativa correta, de fato, é o item B
Ecologia e Meio Ambiente – Questão 55 – Henrique Breda Arakawa
GABARITO PRELIMINAR: B
GABARITO GRAN: E
ENUNCIADO DA QUESTÃO: Com relação às doenças de veiculação hídrica, assinale a alternativa correta.
- a) A malária é uma doença de veiculação hídrica, pois o mosquito/vetor desenvolve uma das etapas de seu ciclo de vida na água.
- b) O modo de transmissão das doenças de veiculação hídrica é o fecal-oral, em que o patógeno encontrado na água é ingerido pelo homem.
- c) A dengue se tornou uma das doenças de veiculação hídrica mais comuns. A patologia, que é contagiosa, tem curta duração, gravidade variável, é causada por um vírus e é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti infectado.
- d) No Brasil, as principais doenças de veiculação hídrica são amebíase, giardíase, gastroenterite, febre tifoide e paratifoide, hepatite infecciosa (hepatite A e E), sarampo, cólera e ebola.
- e) Os indicadores de contaminação fecal mais comumente utilizados para se verificar a possibilidade de determinado corpo hídrico ter capacidade de causar doenças de veiculação hídrica são os coliformes totais, os coliformes termotolerantes, a bactéria do grupo Escherichia coli e a matéria orgânica presente na água, expressa em termos de demanda bioquímica de oxigênio (DBO).
FUNDAMENTAÇÃO: O item B coloca como se houvesse APENAS o modo “feco-oral” para a transmissão de doenças de veiculação hídrica, não considerando como modo de contágio o contato dos olhos a amostras de água e contaminadas, ou até mesmo o contato de feridas abertas com a água contaminada.
Segundo o MANUAL DE ORIENTAÇÕES SOBRE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO EM ATIVIDADES DA HIDROLOGIA EM RIOS POLUÍDOS POR ESGOTOS DOMÉSTICOS E PROCESSO DE ANÁLISE NOS LABORATÓRIOS DE ÁGUAS COLETADAS (CPRM 2017 – https://intranet.sgb.gov.br/publique/media/saude_seguranca/trabalho_aguas_contaminad
as.pdf, acessado em 28/08/2023), pode ocorrer contágio com quando ocorrer contato das mãos com as águas contaminadas ou quando há o simples contato dos olhos e bocas com respingos de água contaminada. O documento da CPRM disserta ainda que, no caso de a pele não estar integra (presença de ferimentos no corpo) há a potencialização da probabilidade de contaminação, devido à vulnerabilidade da pele.
Algumas doenças de veiculação hídrica, como Hepatite A e leptospirose, podem ser transmitidas por meio de respingos em olhos, segundo o manual da CPRM.
Ainda, a Fiocruz disserta sobre a Hepatite A que o modo de transmissão é “Fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a pessoa (contato intrafamiliar e institucional), alimentos contaminados e objetos inanimados. Transmissão percutânea (inoculação acidental) e parenteral (transfusão) são muito raras, devido ao curto período de viremia.” (https://www.aguabrasil.icict.fiocruz.br/index.php?pag=doe, acessado em 28/08/2023). Verifica-se, portanto, que há a possibilidade, mesmo que menor, de contágio de hepatite A por outros meios que não a fecal-oral.
No mesmo sítio eletrônico, a Fiocruz também descreve como ocorre o contágio de leptospirose: “Durante as enchentes, a urina dos ratos, presente nos esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama pode infectar-se. As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente por arranhões ou ferimentos. O contato com esgotos, lagoas, rios e terrenos baldios também podem propiciar a infecção. Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a urina, sangue, tecidos e órgãos de animais infectados”. Mais uma vez é possível observar que a transmissão feco-oral não é o único modo de contágio de uma doença de veiculação hídrica.
Logo, não há possibilidade de o item correto ser a letra B.
Partimos então para a letra E, única alternativa correta da questão.
Segundo o item E, “Os indicadores de contaminação fecal mais comumente utilizados para se verificar a possibilidade de determinado corpo hídrico ter capacidade de causar doenças de veiculação hídrica são os coliformes totais, os coliformes termotolerantes, a bactéria do grupo Escherichia coli e a matéria orgânica presente na água, expressa em termos de demanda bioquímica de oxigênio (DBO).”
A análise conjunta de diversos indicadores de contaminação se faz necessário, pois fornece uma avaliação abrangente da qualidade microbiológica da água, permitindo a detecção precoce de contaminação fecal. A combinação da análise de indicadores pode ser observada na Resolução CONAMA nº 357/2005 que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes.
De acordo com este regulamento as águas doces, por exemplo, podem ser classificadas em classe Especial, classe 1, classe 2, classe 3 e classe 4. Essa classificação faz com que haja diferenciação no uso da água. Quando se analisa a os indicadores de qualidade da água para a água doce, observa-se que não há análise de indicadores isolados, sempre ocorrendo avaliações de coliformes, DBO, OD, turbidez entre outros.
Ademais, levando em consideração a Resolução CONAMA nº 274/2000, verifica-se que a utilização de coliforme termotolerantes para a análise de balneabilidade é feita em conjunto com a análise de pH e de floração (de algas ou outro organismo). Logo, verifica-se que é necessário utilizar mais de um indicador para se analisar a qualidade da água e uma provável contaminação fecal.
Conclui-se que a DBO fornece uma medida da quantidade de matéria orgânica presente, que pode indicar a presença de microrganismos patogênicos provenientes de fezes humanas e animais. A concentração elevada de matéria orgânica, como indicada pela DBO alta, sugere um ambiente propício para o crescimento desses microrganismos, aumentando o risco de contaminação fecal. Já a presença de coliformes na água é um indicativo da contaminação por fezes humanas ou animais, sugerindo um risco substancial para a saúde. Assim, a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), em conjunto com indicadores como coliformes totais e coliformes termotolerantes (E. coli), desempenha um papel fundamental na avaliação da contaminação fecal da água.
Portanto a única alternativa correta, de fato, é o item E.
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Fonte: Gran Cursos Online