Banco Central do Brasil propõe regras e taxas para pagamentos internacionais

O presidente do Banco Central (BC) do Brasil, Roberto Campos Neto, anunciou que a autarquia trabalhará na criação de regras para pagamentos internacionais, no âmbito da presidência do Brasil no G20, que reúne as 20 maiores economias globais. Campos Neto destacou que, embora questões tecnológicas e de liquidação já tenham sido superadas, a governança representa o último desafio crucial para a conexão entre os sistemas.

“A proposta é desenvolver uma taxonomia de pagamentos internacionais, estabelecendo regras mínimas. Estou colaborando com o presidente do Banco Central da Itália, Fabio Panetta, para criar esse conjunto de regras que serão aplicadas. Agora que superamos os desafios de tecnologia e liquidação, o foco está na governança dos pagamentos internacionais”, explicou Campos Neto.

Ele ressaltou a diversidade de legislações e sistemas tributários entre os países, indicando que o trabalho será iniciado em conjunto com o G20, G7 e o Banco de Compensações Internacionais (BIS). O objetivo é avançar significativamente na padronização das regras para os países participantes.

A presidência do Brasil no G20, que começou em dezembro e se estenderá até novembro de 2024, marca a primeira vez que o país ocupa essa posição no formato atual do grupo. O Banco Central, integrando a trilha de finanças do G20, se concentra em questões macroeconômicas e de financiamento.

Campos Neto também abordou a internacionalização da moeda brasileira

Durante o mandato, o Brasil sediará mais de 100 reuniões oficiais em diversas cidades do país, incluindo reuniões ministeriais e eventos de alto nível. O ponto culminante será a 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Campos Neto também abordou a internacionalização da moeda brasileira e destacou a criação do Drex, o real em formato digital, como uma iniciativa do Banco Central nesse sentido. Ele enfatizou a importância da conexão entre moedas digitais e a tokenização de ativos para a transformação econômica.

O presidente do BC ressaltou que a agenda no Brasil inclui quatro blocos fundamentais: o PIX, sistema de pagamento instantâneo do BC; a internacionalização da moeda; o Open Finance, que envolve o compartilhamento de dados financeiros; e o Drex.

Todos esses blocos estão em fase de desenvolvimento e evolução, representando os pilares da transformação no Sistema Financeiro Nacional.

Além disso, Campos Neto defendeu a implementação de um marketplace de serviços financeiros no Brasil, um sistema que agregará as contas e informações financeiras dos cidadãos. Ele prevê uma competição entre os bancos por canais e “principalidade”, ou seja, a posição de principal canal de acesso ao ambiente de contas integradas.

“Estamos caminhando para um marketplace de serviços financeiros. Se você tem várias contas bancárias, não faz sentido ter vários canais de entrada”, concluiu.

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Fonte: JC Concursos

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